O PMDB está novamente no centro do noticiário político. Depois que o vice-presidente Michel Temer entrou no circuito, assumindo a Articulação Política, cardeais do partido arrefeceram sua artilharia contra o Planalto. Mas alguns de seus líderes passaram a se digladiar internamente. O clima bélico agora é entre os presidentes das duas Casas Legislativas do Congresso Nacional. Eduardo Cunha, o deputado, tem dito abertamente que se o projeto de terceirização de mão de obra não for aprovado no Senado como saiu da Câmara, haverá retaliações a matérias que os senadores tiverem interesse e encaminharem aos deputados.
Renan Calheiros, ao seu estilo, desdenhou e mandou avisar que a polêmica terceirização não pode ser votada de forma açodada como quer o correligionário Cunha, notório defensor de segmentos empresariais. Esta semana, com a viagem de Temer ao exterior, o gaúcho Eliseu Padilha passou a atuar, informalmente, na articulação.
A bancada do PMDB catarinense em Brasília, que conta com seis deputados e dois senadores, acompanha com atenção o tiroteio interno. A tendência dos catarinenses é seguir a toada da dupla Temer-Padilha, evitando, assim, entrar na linha de tiro entre Renan e Cunha. Até porque, a rinha deles é puramente fisiológica, uma disputa de cargos e mais poder na máquina federal.
Foto: divulgação