Coluna do dia

Desdobramentos

Está consolidada a união de sete dos 10 parlamentares (quatro estaduais e três federais) do PSL catarinense. O que também caracteriza um racha que a esta altura parece não ter mais volta. Do outro lado, três deputados (dois estaduais e um federal).

Estes sete (Caroline De Toni, Coronel Armando, Daniel Freitas, Ana Campagnolo, Felipe Estevão, Jessé Lopes e Sargento Lima) estão em absoluta sintonia e criando movimento de direita dentro do PSL estadual.

Entendem que o partido tem gente com várias outras origens, muitos que não representam os valores da direita, defendidos por Jair Bolsonaro. São os bolsonaristas catarinenses se movimentando em contraponto aos bivaristas Ricardo Alba, Coronel Mocellin e Fábio Schiochet.

Os quatro estaduais assinaram um documento destituindo Alba da liderança da bancada do partido na Assembleia. O novo líder é deputado Sargento Lima.

Missão complicada

Os sete também estão em posição política frontal a do governador Moisés da Silva. Também por isso, querem a mudança no comando do diretório estadual, algo que é bem mais complicado de se atingir. Ou seja, por ora, a menos que surja um fato novo, Schiochet segue na proa pesselista.

03 no apoio

Ana Campagnolo, Felipe Estevão, Sargento Lima e Jessé Lopes viajaram a Brasília na terça à noite. Se reuniram com os três deputados federais do PSL-SC e com o novo líder da bancada do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro. O 03 respalda toda a movimentação do grupo em Santa Catarina. E agora, mais do que nunca, são os bolsonaristas X os bivaristas. Moisés da Silva tenta se manter equidistante, mas a disputa respinga nele, que prefere não se posicionar abertamente.

Pêndulo

A permanência de Fábio Schiochet na presidência do PSL depende da batalha nacional. Se o time de Bolsonaro tomar o controle da legenda, o deputado federal será apeado do comando.

Posição

Ao final desta queda-de-braço, que colocou em rota de colisão o presidente da República e o governador do estado, ou o grupo de sete deputados assume o controle e fica no PSL ou buscará novos rumos. O mesmo raciocínio vale para Moisés da Silva. Em caso de derrota dos bivaristas, ele ficará sem ambiente no PSL.

Crise grave

Os graves problemas administrativos e financeiros que atormentam a Unisul, que tem sede em Tubarão, levaram o competente professor doutor João Ghizzo Filho a pedir demissão (renúncia no termo usado por ele), nesta terça, 22, da coordenação do Curso de Medicina da universidade.

Multidão

Este curso especificamente é sediado em Palhoça, na Pedra Branca. A gota d’água para o rompimento do vínculo  –  Ghizzo estava à frente da Medicina da Unisul desde 2003 – foi a decisão da reitoria de abrir vagas para até 160 (com as transferências, podendo chegar a 180) alunos em uma única turma/sala de aula.

Negociação

Também crescem os rumores de que a Unisul, que tem caráter público, porém é uma instituição privada, pode ser vendida para uma empresa de fora. Muito provavelmente uma grande companhia paulista voltada ao setor educacional.

Reviravolta

Caberá à ministra Rosa Weber, presidente do TSE, decidir quem ficará definitivamente com uma das 16 cadeiras de Santa Catarina na Câmara dos Deputados. A disputa é entre Ricardo Guidi, do PSD, que atualmente está no cargo, e Ana Paula Lima, do PT.

Desempate

O placar, que parecia praticamente decidido a favor da petista, virou novamente. Ministro Luiz Roberto Barroso, que pediu vista do processo em agosto, votou a favor do pessedista na terça-feira à noite. Sua argumentação levou outro ministro, Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, a mudar o próprio voto. Agora está três a três, cabendo o voto de minerva à Rosa Weber, que foi indicada para o STF (e essa condição lhe permite integrar e presidir o TSE) por Dilmar Rousseff

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