Levantamento proporcional de um site de notícias nacional mostra que a evolução da vacinação em Santa Catarina tem um desempenho lastimável. Percentualmente falando, estamos à frente de apenas cinco estados. São eles: Piauí, Pará, Maranhão, Sergipe e Acre.
Com todo o respeito a estas unidades federadas, mas a realidade social e econômica do estado sinalizaria para uma outra condição em termos de vacinação. Santa Catarina oscila entre a sexta e a sétima economia do país, inclusive na transferência de riquezas para Brasília.
Qual seria a razão para este desempenho pífio? Poucas vacinas? Na verdade, as informações indicam que 40% das doses que chegaram por aqui ainda não foram aplicadas. A infraestrutura do estado é fantástica para dar vazão a qualquer imunizante. Esse é um dado histórico. O problema então está nas prefeituras? Falta articulação entre estado e municípios?
O governador já declarou que dispõe de R$ 300 milhões para comprar vacinas. Anúncio feito no vácuo da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que já autorizou estados e municípios a comprarem os antivirais.
Quem comprou?
Mas se os governos centrais de vários países têm dificuldade de adquirirem os produtos, imaginem estados e municípios brasileiros? Há algo muito errado nessa história.
Tiro pela culatra
O STF, como é público e notório, atua sempre no sentido de tentar embretar o presidente da República. O tiro, neste caso, pode ter saído pela culatra, pois tende a escancarar que a tal “falta” de vacinas não é culpa de uma pessoa ou dirigente, mas de um processo global, que envolve uma cadeia complexa e delicada de produção e logística.
Suprema magia
Ou seja, não será uma canetada das supremas e canhotas togas que irá fazer aparecerem vacinas para todos os brasileiros como num passe de mágica.
Há muita hipocrisia e teratologia neste processo político e judicial em relação à pandemia de origem chinesa.