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Desesperado, Salvaro espalha notícia falsa

Somente o desespero eleitoral pode embasar alguma tentativa de justificar os fatos ocorridos em Criciúma na sexta-feira, 15. No dia anterior, os advogados do prefeito cassado Clésio Salvaro (PSDB – foto interna) entraram com novo pedido de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele seja reconduzido imediatamente ao comando administrativo da maior cidade do Sul catarinense. Até aí, tudo certo. Mas na sexta, 16, na parte da tarde, um dos causídicos de Salvaro, tucano como ele, avisou a imprensa da cidade de que o ministro plantonista, Ricardo Lewandosky, havia concedido a liminar, determinando a volta imediata do ex-prefeito ao poder. Salvaro, inclusive, usou alguns veículos de comunicação, concedendo entrevistas e avisando que na segunda, 18, voltaria ao paço municipal. Só ressalvou que faltavam alguns “detalhes” que estavam sendo avaliados pelo corpo jurídico que o defende. Evidentemente que a notícia causou alvoroço na cidade, atingindo também o grupo que, legitimamente, administra Criciúma. Preocupado, o prefeito Márcio Búrigo (PP – foto externa), logo na sequência, acionou seus advogados em Brasília. Menos de 20 minutos depois, obteve o retorno da Capital federal: realmente, Clésio Salvaro havia entrado com a liminar, mas ela sequer havia sido apreciada, até porque Lewandowsky, o presidente do STF que está de plantão até domingo no Supremo, sequer estava em Brasília. Ou seja, a turma de Clésio Salvaro espalhou, deliberadamente, uma notícia falsa, prejudicando a cidade, o trabalho da atual administração e também da atuante imprensa de Criciúma. Uma vergonha sem precedentes, sendo que o maior prejudicado é o cidadão, o trabalhador criciumense!

salvaro stf 3

Histórico
Nos bastidores, a avaliação inicial indica que Clésio Salvaro e sua turma tentaram forçar a barra para cima do STF, valendo-se da presença de Ricardo Lewandosky no plantão. Para quem não lembra, foi este ministro que recolocou Salvaro pela última vez no poder municipal, justamente atendendo a uma liminar e por decisão monocrática. Só que desta feita o tiro tem tudo para ter saído pela culatra. A liminar nem foi apreciada no último dia útil de Lewandosky no Supremo, neste período de recesso judiciário. E se ele não concedeu, fica difícil imaginar que a ministra Carmen Lúcia, que vai assumir o posto de plantonista, atenderá ao pedido. O desespero de Clésio Salvaro e a forçada de barra a partir da notícia falsa já chegaram ao Planalto Central, desagradando o Poder Judiciário, o que pode complicar ainda mais a já dificílima vida do ex-prefeito tucano, cujas digitais estão no vergonhoso papelão de sexta-feira.

Fotos: arquivo, divulgação

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