Coluna do dia

Deu ruim

Azedou por completo a relação do prefeito Topázio Silveira Neto, da Capital, com seu antecessor, Gean Loureiro.
Vamos refrescar a memória. No último dia de março de 2022, Gean renunciou ao mandato para disputar o governo do Estado.
Quando se reelegeu mandatário da Capital do Estado, ganhando, aliás, a eleição no primeiro turno, Gean trocou de vice. Saiu João Batista Nunes e entrou Topázio Neto, um empresário vencedor.
Foi chamado justamente para a nova composição porque facilitaria a renúncia de Loureiro, que já alinhavava o projeto estadual.
Afinal, buscava um nome com envergadura e estofo para assumir a prefeitura. Durante a campanha do ano passado, os dois conviveram muito bem.

Aquém

Ocorre que Gean não teve o desempenho que ele imaginava. Ficou em quarto lugar na corrida estadual. Se considerarmos os votos brancos e nulos, ele ficou em quinto. Esse sempre foi o palpite do colunista para a votação do ex-prefeito da Capital.

Ressaca

Depois de lamber as feridas da ressaca eleitoral, foi um resultado pesado, ainda mais lembrando que Gean abriu mão de três anos de mandato numa Capital cobiçada para mergulhar numa aventura, o ex-prefeito imaginou que iria se reforçar no contexto da prefeitura de Florianópolis, onde há pessoas de sua indicação em vários cargos, inclusive no primeiro escalão.

Espinha dorsal

Topázio, naturalmente, fez algumas modificações no colegiado e especialmente em cargos comissionados. Gean, contudo, parece que voltou com muita sede ao pote. Ele passou a reivindicar o retorno de Constâncio Maciel à Fazenda e a nomeação da esposa, Cíntia, para a Secretaria de Obras, duas pastas mais do que estratégicas.

Nada disso

O atual prefeito fez cara de paisagem. Ignorou olimpicamente estas pretensões. É a história do criador e da criatura. Só que neste caso, o criador estava querendo impor uma verdadeira tutela sobre o atual administrador da cidade. Não funciona assim.

Ao natural

Topázio Neto será candidato à reeleição. E reagiu à pressão de Gean, que não poderá disputar a eleição. A esposa, Cíntia, está impedida de concorrer pela legislação eleitoral.

Lados opostos

Talvez Gean venha a lançar um nome contra Topázio, especialmente se Jorginho Mello abraçar o projeto do atual alcaide florianopolitano.

Procurando

Jorginho, por ora, não tem um nome forte dentro do PL da Capital para encabeçar uma chapa.
O governador poderia trazer um nome de fora, tipo Bruno Souza, do Novo, que não se elegeu deputado federal porque o partido reelegeu Gilson Marques e só alcançou legenda para uma cadeira federal. Bruno Souza perdeu para Marques por menos de 1 mil votos e fez grande votação na Capital. Ele está terminando o mandato de deputado estadual.

Alternativa

Pedrão Silvestre, ex-vereador, poderia tentar novamente. É uma incógnita se ele poderá contar com o apoio de Jorginho, ainda mais depois das escaramuças de Pedrão, que deixou o PL e voltou ao PP.
Registre-se que este foi o primeiro movimento explícito com vistas ao próximo pleito municipal logo depois das eleições gerais.

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