Em poucas horas, entre o fim da tarde de sexta-feira e o sábado de manhã, as redes sociais e os grupos de whats foram invadidos por notícias que atingiram em cheio o coração dos três maiores partidos deste país: PMDB, PT e PSDB.
Ainda na sexta-feira, o distinto público foi informado de que o Ministério Público Federal pediu a prisão de Lula da Silva e a devolução de R$ 87,6 milhões atinentes ao caso do tríplex no Guarujá, praia nobre do Litoral paulista. A multa milionária seria em função de danos ao caixa do Petrobrás.
No sábado de manhã, informou-se à plateia que a polícia estava no encalço do suplente de deputado, amigão e assessor de Michel Temer, e homem da mala nas horas vagas, Rodrigo Rocha Loures. Nesta segunda, ele deve ser encaminhado ao famoso Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Concomitantemente, espalhou-se a informação de que a Procuradoria Geral da República denunciou o tucano Aécio Neves, de que presidenciável rapidamente transformou-se numa prisão esperando para acontecer, por corrupção e obstrução da Justiça. Fazendo um trocadilho, a Lava Jato é pop. E não poupa ninguém!
No páreo
Na coluna de fim de semana, registramos que as quatro maiores legendas de Santa Catarina que, pela ordem, são PMDB, PSD, PSDB e PP, estão inclinadas a fechar apoio a Geraldo Alckmin em 2018. Mas por que ele? Verdade que o governador paulista foi respingado pela Lava Jato. Mas nada conclusivo. Aécio Neves, ao contrário, encontra-se absolutamente fora do jogo. E José Serra também está bem mais agastado com as denúncias.
Alto lá
Também é verdade que há quem defenda o nome do prefeito de São Paulo, João Doria Junior, que vem passando ao largo das garras da força-tarefa que sacode o país. Mas já começaram a pipocar gravações dele em vídeo, entrevistando e enaltecendo figuras deploráveis e execráveis como Eike Batista, Sérgio Cabral Filho e tantos outros. Significa que o nome natural do PSDB com vistas a 2018, indiscutivelmente, é Geraldo Alckmin.
Repeteco
Do outro lado, o nome natural, desde que esteja elegível, é o de Lula da Silva. Vale lembrar que o petista e o tucano se enfrentaram na eleição de 2006, quando o ex-metalúrgico renovou o mandato presidencial. Em Santa Catarina, contudo, Alckmin deu uma verdadeira goleada em Lula da Silva.
Suporte
Para o caso de Lula da Silva disputar novamente a presidência no ano que vem, sua base de apoio no Estado terá como líder o deputado federal e seu compadre, Décio Lima.
Expectativa
Se vierem, com qual teor virão as delações dos ex-ministros e todo-poderosos da República, Antônio Palocci e Guido Mantega? Eduardo Cunha poderia fulminar boa parte do PMDB que ainda não sentiu os reflexos da Lava Jato. Mas o ex-deputado, até segunda ordem, resiste a todas as pressões para fazer a delação. Já os petistas estão quase lá.
Expectativa 2
Na terça-feira, o TSE retoma o julgamento do processo de cassação da chapa Dilma-Temer. Sim, eles foram eleitos juntos. O autor da peça é o PSDB que, de mera pedra no sapato pode estar sendo o algoz definitivo do agora aliado Michel Temer. Há muitas apostas também na direção de um possível pedido de vistas, embarrigando qualquer decisão.