Pesquisa indica que metade dos entrevistados aposta em 2% de crescimento
Em meio às incertezas econômicas provocadas pela pandemia da Covid-19, a chegada do dia dos pais, uma das principais datas do comércio no segundo semestre, é motivo de otimismo para o setor em Santa Catarina. De acordo com levantamento realizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de SC (FCDL/SC), entre 49,5% dos varejistas a expectativa é de crescimento de até 2% em relação ao mesmo período em 2019.
Embora muitos estejam com boas expectativas para o período, 25,8% dos entrevistados ainda consideraram a possibilidade de retração nas vendas, em comparação ao ano anterior. O empresário Ivan Tauffer, presidente da FCDL/SC, reconhece a situação atípica que os lojistas estão vivenciando. “O cenário permanece como incerto, porém os lojistas têm a consciência da importância de trabalhar com afinco por resultados no dia dos pais, pois será a última data forte antes de Natal. As CDLs estão mobilizadas e com recursos técnicos para apoiar os associados, em questões que vão da motivação ao marketing”. Tauffer lembra que a pesquisa indica a intenção de 81,3% dos empresários em realizar promoções, campanhas e descontos. “A mobilização é muito grande”, confirma.
Na projeção de consumo, 36,8% dos entrevistados apontaram que o tíquete médio ficará entre R$ 51,00 a R$ 100,00 e para 29,7%, de R$ 101,00 a R$ 150,00. Entre os presentes preferidos, a liderança permanece com os itens tradicionais, como vestuário e calçados (46,2%), apesar do crescimento constante dos produtos eletrônicos e de informática (9,9%), de tíquete médio mais elevado. A consulta foi realizada pela FCDL/SC entre os dias 24 e 30 de julho, junto aos lojistas associados das 20 cidades catarinenses de maior Índice de Potencial de Consumo (IPC).
O ‘novo normal’
Em função do isolamento social, muitas empresas modificaram a forma de atuar, em função dos próprios consumidores. Na avaliação de 57,1% dos entrevistados os clientes mudaram sua forma de fazer compras. Por conta deste novo cenário, 56,5% dos empresários apontaram que estão vendendo simultaneamente por meios on-line como na loja física – e 36,8% exclusivamente no ambiente virtual.