As mãos delicadas, mas firmes, que acalentam; o olhar que enche o coração de amor; o falar que educa e a sabedoria que traz entendimento, segurança e direção, características da mulher que são fundamentais no dia a dia de qualquer sociedade, têm marcado presença de forma muito tímida no universo da política brasileira.
Muito embora o Brasil seja governado por uma mulher, pode-se afirmar, sem medo de errar, que se trata da exceção a confirmar a regra.
Segundo dados da ONU que medem a presença feminina nos círculos de poder político em 189 países, o país tropical encontra-se apenas na 129ª posição.
Basta um olhar em direção ao Parlamento catarinense para ver essa triste realidade cristalizada. Das 40 cadeiras, atualmente apenas três (Ana Paula Lima, Luciane Carminatti e Dirce Heiderscheidt – Ada de Luca também se elegeu deputada, mas assumiu a Secretaria de Justiça e Cidadania) são ocupadas por elas. Ou seja, 7,5% do plenário da Assembleia.
É muito pouco. O último senso do IBGE apontou que elas são a maioria da população, 51,3%. É mais uma faceta distorcida da nossa democracia masculina, tão castigada neste século. Mulheres, a política, assim como a vida, precisa de vocês.
Origens da data
Há controvérsias sobre a origem do Dia Internacional da Mulher, mas se sabe que desde o século 19, ante a exploração advinda com a Revolução Industrial, há registros de movimentos femininos, e feministas. Em 1908, cerca de 1,5 mil mulheres se reuniram para protestar por igualdade econômica e política nos EUA.
No Brasil, um dos marcos dessa luta está registrado nessa foto: O Instituto de Resseguros do Brasil foi a primeira empresa nacional a disponibilizar uma creche para suas funcionárias.