Empresa de Xanxerê reduz número de serviços prestados para otimizar resultados financeiros
Como saber se a gestão do negócio está indo bem? Esse questionamento já deve ter passado em algum momento na mente do empresário. Verificar a lucratividade, o valor médio do produto/serviço, o índice de produtividade e a rentabilidade/retorno do valor investido são fundamentais para tomar decisões com base em indicadores. Assim, como é necessário um olhar externo para auxiliar no aprimoramento dos processos internos, na adequação de controles financeiros e na otimização de resultados.
Para auxiliar nessa avaliação empresarial de pequenos negócios, o Sebrae/SC disponibiliza gratuitamente o diagnóstico “Como Anda a Sua Empresa (CAASE)”, aplicado por meio do Programa Rede de Agentes de Orientação Empresarial. O objetivo é medir a maturidade da gestão da micro ou pequena empresa, identificar suas necessidades, auxiliar na definição de estratégias para aprimorar pontos de dificuldade e apontar algumas tendências do mundo dos negócios ou para o segmento avaliado.
Esse diagnóstico contribuiu para que a empresa Bampi Comunicação Visual, do município de Xanxerê, no oeste catarinense, pudesse identificar sua oferta excessiva de serviços prestados que impactava na produtividade e no retorno financeiro. “O diagnóstico nos ajudou a enxergar alguns detalhes que já tínhamos observado, mas que não compreendíamos como mudá-los. Então, com essa pesquisa rápida percebemos o que precisava ser ajustado e como fazer as adequações internas. A partir da consultoria resolvemos pôr em prática e resolver a situação”, destaca Verônica Bampi, que atua no administrativo, criação e produção.
Verônica explica que tiveram conhecimento do diagnóstico gratuito por meio do consultor credenciado ao Sebrae/SC, Ivan Coriolano Barros Durand Junior, que também é cliente da empresa. “O diagnóstico mostrou basicamente que estávamos com problema de segmentos na empresa, ou seja, fazíamos muita coisa e precisávamos direcionar os serviços prestados. Mas, nossa dúvida era do que reduzir? Então, surgiu outra oportunidade pelo Sebrae/SC por meio do Programa Agentes Locais de Inovação (ALI), que nos deu esse norte”, relata a empreendedora.
Verônica explica que deixaram de fazer cópias e impressões de pequeno porte e priorizaram a gráfica rápida e a comunicação visual. “Isso foi possível graças a contribuição do Sebrae/SC porque se não fosse esse primeiro passo do diagnóstico, não teríamos tomado a decisão e a atitude para resolver o problema de excesso de serviços. Oferecíamos muitas coisas, mas no fim, algumas não valiam a pena financeiramente. Então, todo esse processo de adequação foi muito produtivo”, avalia.
TRAJETÓRIA
A Bampi Comunicação Visual surgiu em 2011, a partir da aquisição da Papelaria HT Cópias, uma empresa tradicional do município. Verônica recorda que mais ou menos um ano depois começaram a incluir junto com a papelaria a parte da comunicação visual. “Outra mudança ocorreu há dez anos, com a alteração de endereço para o atual na Rua Victor Konder, quando passamos a fazer somente a parte da comunicação visual e gráfica rápida, que é o segmento que atuamos hoje”, finaliza.
METODOLOGIA CAASE
Dividido em etapas, o CAASE inicia com a aplicação do diagnóstico. Um consultor credenciado ao Sebrae/SC vai até a empresa para identificar a situação atual do negócio. Nessa etapa são realizadas 30 perguntas nas áreas de gestão de finanças, planejamento, mercado, processos e pessoas. Outras duas perguntas abertas identificam o principal desafio encontrado pela empresa e de que forma o Sebrae/SC pode auxiliar.
Ao fim da avaliação, o consultor faz uma devolutiva e apresenta o que identificou no desempenho do negócio representado em: pontuação total; pontuação média do mercado; pontuação por tema de gestão; mapa de calor com a pontuação das empresas da região; comentários registrados na tela de percepção; feedback do sistema de acordo com a resposta fornecida e recomendação de soluções para aprimoramento.
O gerente regional do Sebrae/SC no oeste, Udo Martin Trennepohl, salienta que para cada resposta é atribuída uma pontuação que mensura o nível de maturidade da empresa avaliada. “A métrica está em uma escala de 0 a 100 que representa tanto o total de pontos da avaliação quanto o total de pontos em cada tema de gestão. Ao final da avaliação o empresário recebe sugestões de soluções para suas demandas, a exemplo de consultorias, cursos, soluções de mercado, de maneira presencial ou remota”, explica.
O analista de negócios do Sebrae/SC, Arildo Jacobus, destaca que a regional oeste conta com um time de aproximadamente 36 consultores os quais pretendem aplicar até junho deste ano 3.500 diagnósticos.
foto>Bampi Comunicação Visual, do município de Xanxerê Divulgação / divulgação