Presidente da seção Barriga-Verde do Manda Brasa, deputado federal e pré-candidato a governador, Mauro Mariani ganhou, esta semana, carta branca da cúpula partidária para articular uma aliança que viabilize o projeto eleitoral.
Muito bem. Isso vale para os demais partidos. Mas esse salvo-conduto para articulações tem que valer também internamente.
Especialmente para o caso do ex-governador Paulo Afonso Vieira. Ele já manifestou várias vezes o desejo de homologar seu nome e concorrer ao Senado. O detalhe é que Mariani precisa de espaços para compor.
Ninguém nega a importância do ex-governador no contexto do MDB estadual. Não é por acaso que ele é um dos quadros mais benquistos nas hostes emedebistas. Vive intensamente o partido há mais de 40 anos.
Maravilha. Mas até por isso que Paulo Afonso deve ser convidado a observar o projeto macro e suprapartidário. Se ele insistir no projeto pessoal, vai criar dificuldades para Mariani. E não apenas pela perda de um espaço precioso na majoritária que poderia ser ofertado a potenciais aliados.
Saliva
Caso Mauro Mariani, do alto da condição de pré-candidato ao governo, não consiga convencer pelo diálogo ou mesmo impor suas condições perante o ex-governador para viabilizar uma boa aliança, ele se enfraquece internamente e vai se desgastar, correndo sério risco de ver Paulo Afonso Vieira conquistar a homologação na convenção do Manda Brasa.
Gesto
Para Mariani, só um cenário ideal neste caso. Convencer o correligionário a praticar o gesto, abrindo mão da disputa pelo Senado. Caso contrário, sua própria meta de disputar na cabeça de chapa entra na linha de tiro.