Logo depois de sancionar o novo Código de Processo Civil, hoje à tarde, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff discursou sobre as manifestações do domingo e o momento vivido pelo país.
Usou boa parte do tempo para lembrar que ela e outros tantos lutaram para que os brasileiros pudessem ter direito à livre manifestação. Palavras alusivas aos 30 anos da redemocratização, com direito à presença de José Sarney ao lado da petista, assegurando um lugar privilegiado na foto.
Reafirmando estar aberta ao diálogo, a presidente da República, assim como já haviam feito seus ministros no domingo, voltou a “alfinetar” a turma do quanto pior melhor, uma velha tática usada à exaustão pelo PT até chegar ao poder.
Bordões como humildade e um Brasil mais forte do que nunca foram usados também. A reforma política e o pacote anticorrupção também compareceram à fala presidencial.
E a chefe da nação chegou até mesmo a admitir um erro. O vilão foi o Fies e a culpada, a forma adotada pelo governo. Deve mudar.
Beleza. Importante a manifestação da presidente, ainda que com 24h de atraso. Contudo, é preciso assinalar que o pronunciamento não foi agendado. Assim, evitou panelaços e afins. As palavras de Dilma também não refrescaram muito a cabeça de petistas de Santa Catarina. Há muitos angustiados, pois a presidente foi avisada sobre o risco de crise econômica. E a danada chegou com força. Também alertaram Dilma acerca da geleia geral em que a base aliada no Congresso poderia se transformar. Não deu outra. A preocupação de 11 em cada 10 petistas experimentados agora é com a possibilidade, real, de crise institucional. Esta teria consequências imprevisíveis.
Foto: divulgação