Dilma encastelada
De uma hora para outra, Dilma Rousseff resolveu fazer política partidária no melhor estilo corpo-a-corpo. Ela chamou Michel Temer, vice-presidente, e Renan Calheiros, presidente do Senado. Dos dois, ouviu pessoalmente, em separado, que eles não fariam indicações para uma nova equipe ministerial, que teria menos pastas na Esplanada.
Ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a presidente tocou o telefone. Mas ele também se recusou, de viva-voz, a participar da iniciativa dilmista. Os movimentos coordenados do trio sinalizam para dois cenários: no primeiro, o PMDB estaria sendo fiel ao seu estilo fisiológico e fazendo jogo duro para pegar mais e melhores cargos, Tipo o ministério da Saúde ou Educação, com orçamentos robustos. No segundo, terrível para a inquilina do Palácio do Planalto, o Manda Brasa pode ter dado um passo decisivo na direção do rompimento e do desembarque da nau petista.
Neste contexto, a frágil sustentação política da petista iria à lona, tornando sua posição no cargo número um da República praticamente insustentável.
Sem gestão
Ex-ministro Antônio Delfim Netto, uma figura fora da curva por sua inteligência e perspicácia, também não está mais defendendo a presidente Dilma Rousseff, como vinha se posicionando desde o início do ano. Ele admitiu, publicamente, que a petista é uma trapalhona e está fazendo inúmeras bobagens.
Condicional
Da série movimentos da política nacional, também é emblemática a declaração do senador José Serra, admitindo que o PSDB pode até apoiar um mandato-tampão de Michel Temer na presidência. Desde que o PMDB se comprometa a implementar o parlamentarismo em 2018. Um dos motivos que levou o próprio Serra e outras lideranças a fundarem o PSDB, em 1988, foi justamente a defesa do sistema parlamentarista no Brasil.
Laguna também
O prefeito da cidade, Everaldo dos Santos, chamou o secretariado e pediu que se faça um esforço para que a prefeitura economize até 50% com despesas ainda este ano. Além da crise, o município tem R$ 100 milhões em títulos protestados referentes à dívida ativa.
Pois é
Depois de 250 dias afastado, com um período de prisão inclusive, o vereador Marcos Espíndola, o Badeko (PSD), foi autorizado, pela Justiça, a voltar ao cargo na Câmara da Capital. Em todo esse tempo, não houve sequer denúncia formal contra ele, situação que é, no mínimo, estranha. O despacho liberando Badeko deve repercutir sobre o mandato do correligionário dele e ex-presidente da Casa, Cesar Faria. Parece uma questão de tempo para ele voltar também.
Oportunidade
Um dos organizadores do Encontro Brasil-Alemanha em Joinville, o secretário de Assuntos Internacionais do Estado, Carlos Adauto Virmond, comemorou a presença de 1,2 mil empresários, sendo 30% de teutônicos, no evento. O fato desta edição acontecer em território catarinense, destacou, coloca o Estado na vitrine para novos investimentos alemães.
Nunca antes
Ontem, terça, 22, o dólar bateu na casa dos R$ 4,00 pela primeira vez na história.
Made in Brasil
Ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolatto, catarinense de Concórdia, vai ter que cumprir pena pelo envolvimento no mensalão em terras brasileiras. A Justiça da Itália concedeu o pedido de extradição dele feito pelo governo nacional. É provável que o destino de Pizzolatto seja um xilindró de Santa Catarina.