A Assembleia Legislativa, pela segunda em menos de 15 dias, reuniu seu plenário para votar a revogação da prisão do ex-presidente da Casa e deputado afastado, Julio Garcia.
No dia 21 de janeiro, em reunião extraordinária, os deputados também se posicionaram pela liberação do colega. Mas há grandes diferenças entre aquela votação e a desta terça-feira, 2.
No mês passado, foram apenas dois votos contrários. Trinta parlamentares foram a favor de Garcia. Em fevereiro, o quadro já é bem mais preocupante para o ex-presidente do Legislativo. Foram 27 votos a favor e cinco contrários.
Com a “agravante” de que em janeiro a Assembleia tentou “tratorar” o primeiro mandado de prisão da juíza Janaína Cassol Machado e suas medidas cautelares, basicamente a suspensão do deputado de seu mandato e, à época, o consequente afastamento da presidência da Alesc. O teor do projeto de resolução rendeu muita celeuma e lances bizarros, como o tal salvo-conduto para o futuro, segundo o qual Júlio Garcia estaria blindado de qualquer decisão no âmbito da Operação Alcatraz. Algo nunca antes visto na história deste país.
Nesta terça, os deputados se limitarem a decidir sobre a revogação da prisão do deputado afastado. O desgaste é evidente e está levando ao esvaziamento da influência de Julio Garcia sobre os seus pares.
foto>Bruno Collaço, Ag. Alesc