Apesar de toda a mobilização popular, que não foi assim algo espetacular, mas culminou significativa, gerando, ainda, pressão também via redes sociais através de mensagens aos senadores para tentar inviabilizar a aprovação do nome do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o STF, o comunista, e ladino, chegou lá. No olimpo, no Supremo.
A aprovação não surpreendeu o colunista. As projeções apontavam nessa direção. Principalmente considerando-se toda a ofensiva do governo, mediante liberação de emendas parlamentares, cargos e outras coisitas más; e também com o envolvimento direto das próprias supremas togas no processo.
É algo inédito. E surreal, absurdo. Não há nação minimamente civilizada no planeta onde ministros da corte máxima entram no campo político para cabalar votos a um… político, senador eleito, ministro e o pior governador da história do Maranhão. Inaceitável.
Abre parêntese. Na segunda-feira, Alexandre, o diminuto, sendo aplaudido, ovacionado pelos presentes, militantes partidários, o que é isso? Parecem uma coisa só, o Planalto e o Supremo. Fica evidenciado o conluio, o consórcio entre os dois poderes, inclusive no processo eleitoral, casamento consagrado quando tiraram Lula da Silva da cadeia, lançando mão de filigranas jurídicas. Isso depois de quatro anos do próprio STF dando sentenças, condenando corruptos, inclusive o atual inquilino do Planalto. Fecha parêntese.
Placar
Avaliamos aqui que o placar a favor de Dino não baixaria de 55 votos. O quórum, na quarta-feira, 13, registre-se, foi alto no Senado. Mesmo assim, o comunista só obteve 47 votos. Ou seja, se apenas sete senhores e senhoras senadores mudassem seu posicionamento, Dino teria sido vetado. Necessitava de 41 apoios, a maioria absoluta entre os 81 senadores.
Sintonia
Aliás, há que se enaltecer a representação catarinense na Câmara Alta. Fechou questão e foi três a zero contra Flávio Dino. Como vaticinamos, Ivete Appel da Silveira não teria como votar pela nomeação deste cidadão. Seria terrível para sua imagem, para o MDB catarinense e até mesmo à memória do saudoso Luiz Henrique da Silveira, seu falecido marido que, se lá estivesse, votaria contra essa excrescência.
Cinismo
Na sabatina, o debochado, cínico, desbocado, prepotente, asqueroso, autoritário Dino transformou-se num fala mansa, educado, ponderado, parecia uma verdadeira vaquinha de presépio. O “velho” Dino escafedeu-se. Foi duramente confrontado, mas não passou recibo.
DNA comunista
É um baita de um dissimulado, cara-de-pau. E o STF agora contará com um ministro que se equipara, em termos de desfaçatez, de ousadia, de arrojo, de atrevimento, de petulância, a Alexandre de Moraes. Vão formar uma dobradinha que é pura nitroglicerina.
Ferro
O Brasil que se prepare porque vem chumbo grosso aí. Logo, logo Dino, o Ladino, reassume seu perfil. Muito provavelmente em fevereiro, no retorno dos trabalhos do Judiciário. Não será surpresa se aqueles sarcasmos, aquele jeito abusado, ressurgir ainda antes da investidura.
Regime
Definitivamente, a esquerda e o governo Lula não estão de brincadeira. Mas não são só eles, não. Tudo é feito com a cooperação, a conspiração e o envolvimento do STF. Uma corte desacreditada à luz da opinião pública e potencialmente promíscua.