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Diretoria da Epagri apresenta balanço da gestão durante presidência de Edilene Steinwandter

No dia 31 de março de 2022 Edilene Steinwandter se desincompatibilizou do cargo de presidente da Epagri, que ocupava desde 7 de fevereiro de 2019. A primeira mulher a assumir a presidência da Empresa deixa uma gestão que foi modelo de eficiência, transparência e modernidade, com resultados positivos, sobretudo em investimentos e economia de recursos públicos, sem prejuízos aos serviços prestados à sociedade. O resultado mais visível do sucesso da gestão está traduzido em três anos de pujança na agricultura estadual. Apesar da estiagem, pandemia e outros percalços superados no período, a agricultura catarinense responde por 30% do PIB e 70% das exportações de Santa Catarina. Giovani Canola Teixeira, diretor Administrativo-Financeiro da Epagri, assumiu o cargo de presidente interino da Empresa.

Edilene Steinwandter esteve na presidência da Epagri entre fevereiro de 2019 e março de 2022
(Foto: Aires Mariga / Epagri)

Investimentos

Entre 2019 e março de 2022 a Epagri investiu mais de R$ 29 milhões em suas unidades. “Muito deste valor foi investido em equipamentos de trabalho para que extensionistas, pesquisadores e trabalhadores das funções meio tivessem a melhor estrutura possível para desenvolver suas atividades”, argumenta Edilene. Foram adquiridos 165 veículos para renovação da frota. Edilene ressalta que o carro é o principal meio usado pelos extensionistas da empresa para se aproximarem dos agricultores e pescadores. “Com veículos novos, esse trabalho é feito com menor custo, já que são mais econômicos e demandam menos manutenção”, relata a ex-presidente.

Também foram adquiridos durante a gestão dela maquinários agrícolas para uso principalmente nas unidades de pesquisa da Epagri. As estações experimentais receberam desde 2019, entre outros itens, um caminhão, uma colheitadeira de parcelas automotriz, e um trator agrícola autopropelido, articulado, com conjunto de pulverização e sistema de semeadura.

Boa parte dos recursos para compra dos veículos adquiridos veio dos dois leilões de bens móveis inservíveis promovidos desde 2019. Juntos, os pregões arrecadaram mais de R$ 2,6 milhões, valor que foi totalmente revertido na renovação da frota, informa Arádia Luiza dos Santos Costa, gerente do Departamento Estadual de Gestão Operacional da Epagri.

A Epagri também renovou nos últimos três anos o mobiliário de suas unidades, que, segundo Arádia, “se encontrava completamente defasado”. Para suprir essa necessidade foram comprados cerca de 2.400 itens que variam entre apoio de pé, cadeiras, mesas, armário, arquivos, tendas, banners, entre outros.

Informática

Entre 2019 e 2022 a Epagri também investiu alto na compra de equipamentos de informática. Cláudio César Reiter, gerente do Departamento Estadual de Gestão da Tecnologia de Informação destaca que, com a aquisição de 585 notebooks, agora cada escritório municipal da Epagri conta com pelo menos um equipamento desta natureza, que representa um apoio fundamental para a extensão rural e pesqueira. A Epagri conta com escritórios em todos os municípios do Estado.

Os Notebooks se juntam a monitores, estações de trabalho, projetores e outros equipamentos de informática comprados no período para atender à demanda dos extensionistas e pesquisadores.

Outro investimento importante em informática na gestão que se encerra foi a aquisição de oito servidores, que são computadores de alto desempenho, que substituíram equipamentos fora de garantia ou atenderam demandas da Epagri/Ciram.

A Epagri também dobrou neste período sua capacidade de armazenamento de dados, com a compra de uma solução com 100 TeraBytes de memória. “Além da maior capacidade de armazenamento de informações, a tecnologia proporciona maior velocidade no acesso aos dados”, explica o gerente.

Economia

Ao assumir a presidência da Epagri, Edilene sabia da necessidade de economizar. “Nossa Empresa precisava se alinhar ao novo governo do Estado, no sentido de enxugar estruturas, primar pela transparência, agilidade e modernidade na gestão, e ser criteriosa nos gastos”, relata.

Para cumprir este desafio, a nova diretoria da Epagri decidiu pela extinção de sete gerências regionais, além das suas respectivas divisões administrativas. A decisão foi aprovada em Reunião Extraordinária do Conselho de Administração da Empresa, realizada em 30 de abril de 2019.

A readequação da estrutura da Epagri, cancelamento e renegociação de contratos gerou uma economia de mais de R$ 9,4 milhões nos 36 meses de gestão da ex-presidente. Só com a extinção das gerências foram economizados R$ 1,8 milhão em gratificações, R$ 35,6 mil com telefonia, R$ 82,8 mil com malotes e R$ 42,7 mil com internet.

A Epagri também cancelou contratos que resultaram em economia de mais de R$ 4,4 milhões no período. A renegociação do contrato de serviços terceirizados de vigilância e limpeza rendeu uma economia de R$ 2,9 milhões  para a Epagri em 36 meses.

Extensão

O trabalho de extensão rural e pesqueira desenvolvido pela Epagri objetiva levar a agricultores e pescadores o conhecimento gerado pela Empresa, a fim de promover o desenvolvimento sustentável destes setores da economia. Para tanto, a Epagri realizou entre 2019 e março de 2022 um total de 346.182 atendimentos a famílias agricultoras e pescadoras do Estado.

O gerente estadual de Extensão da Epagri, Darlan Rodrigo Marchesi, enumera que em 2019 foram atendidas 109.196 famílias, número que caiu para 93.121 em 2020, em decorrência da pandemia e da necessidade de isolamento social, que prejudicou o trabalho presencial dos extensionistas. Em 2021 o número de atendimentos da extensão chegou a 107.002 famílias e nos primeiros três meses de 2020 os extensionistas da Epagri já haviam atendido a 37.699 famílias, o que representa 20% da meta estabelecida para o ano.

Além do enxugamento da estrutura das gerências regionais da Epagri, que segundo Darlan, “passaram a atuar com maior eficiência e menor custo para o Estado”, o serviço de assistência técnica e extensão rural da Epagri foi beneficiado por outras decisões da diretoria comandada por Edilene. “Uma série de normativas internas relacionadas à extensão promoveu alinhamentos técnicos, clareza e transparência nas decisões, causando efeito até motivacional junto aos funcionários e segurança ao público atendido pela Epagri”, relata o gestor.

Ele destaca também o fortalecimento dos convênios e parcerias com as prefeituras. “As prefeituras são entes fundamentais à estrutura de assistência técnica e extensão rural e pesqueira, e de pesquisa da Epagri. Todos os municípios conveniados com a Epagri têm uma entrega de serviços e produtos em alto nível de qualidade”, afirma. Ele lembra ainda das parcerias institucionais estabelecidas por meio de protocolos de intenção e acordos de cooperação técnica com instituições privadas e do terceiro setor, que possibilitaram estender toda essa forma de trabalho para além das fronteiras da Epagri.

Na área técnica, o destaque da gestão da ex-presidente foi o reposicionamento buscando um novo arranjo, com linhas de trabalho que fortalecem a integração entre pesquisa e extensão. “Os projetos integrados são um bom resultado disso, ao permitirem à extensão construir soluções junto com os técnicos da pesquisa e também com os beneficiários, que são agricultores, pescadores, maricultores, indígenas e quilombolas catarinenses”, descreve Darlan.

O gerente lembra ainda a importância da digitalização dos serviços de assistência técnica e extensão rural da Epagri a partir do advento da pandemia e consequente necessidade de isolamento social. Nesse momento, a Epagri fortaleceu os canais digitais de que já dispunha, como Epagri Mob e Minha Epagri, e criou um canal de capacitações on-line no YouTube, entre outras providências, como a entrega de notebooks e celulares corporativos para a equipe.

Outra providência fundamental da gestão Edilene foi o estabelecimento de metas para aferição de resultados efetivos na extensão, com objetivo de promover o desenvolvimento das comunidades rurais e pesqueiras.

Por fim, o gerente de extensão da Epagri cita a importância do alinhamento e ampliação das políticas públicas no período entre 2019 e 2022. “Além de novas linhas construídas com os parceiros, como Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural (SAR) e Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (MAPA), há um alinhamento em todo o Estado na forma de execução, de prestação de contas e nos alcances almejados”, conclui.

Políticas públicas

As políticas públicas executadas pela Epagri são uma forma de entregar às famílias agricultoras e pescadoras catarinenses investimentos para que possam permanecer em suas atividades, com sustentabilidade econômica, social e ambiental. Cabe aos extensionistas da Epagri elaborarem os projetos técnicos para investimentos nas propriedades rurais e pesqueiras familiares. Com estes projetos, esse público tem acesso a financiamentos para captar os recursos necessários.

Hoilson Fogolari, coordenador do Programa de Políticas Públicas da Epagri, lembra que no ano passado a Empresa participou diretamente da reestruturação das políticas públicas financiadas pela SAR, o que resultou no enxugamento dos programas, sem prejuízos nos valores repassados aos agricultores e pescadores.

Após aprovação do Conselho de Desenvolvimento Rural (CD Rural), os programas financiados pela SAR e executados pela Epagri foram concentrados em sete eixos: Terra Boa, Fomento AGRO SC, Investe AGRO SC, Jovens e Mulheres em Ação, Prosolo e Água SC, Reconstrói SC e Investe AGRO Emergencial. No final de 2021, a adoção de práticas ambientais por parte dos agricultores foi colocada como condicionante para adesão a boa parte dos programas.

“Esta reestruturação permitiu dar maior visibilidade na divulgação das políticas públicas para os agricultores familiares e pescadores”, atesta o coordenador. Ele relata que ficou mais fácil para os agricultores conhecerem e compreenderem as políticas existentes, além de facilitar a apresentação e execução por parte dos extensionistas.

O crescente número de projetos efetivados pela Epagri e de recursos aplicados prova o sucesso da reestruturação. Em 2019 foram 4.956 propostas aprovadas, que resultaram em mais de R$ 225 milhões investidos na agropecuária e pesca catarinenses. Em 2020 o número de projetos aprovados saltou para 6.543, com a injeção de mais de R$ 268 milhões na economia do Estado. Em 2021 veio o grande salto, quando a Epagri teve 8.459 projetos aprovados, que resultaram em mais de R$ 394 milhões aplicados nas propriedades rurais e pesqueiras do Estado. Até março de 2022 a Epagri já tinha conseguido a aprovação de 2.918 projetos, o que representa R$ 46,8 milhões financiados a agricultores e pescadores de Santa Catarina.

Pesquisa

A área da pesquisa também registrou crescimento contínuo nos últimos três anos. Foram geradas 69 novas tecnologias e cultivares no período: 20 em 2019, 23 em 2020 e 26 em 2021. Nos três anos foram batidas as metas estabelecidas para a área, que era de 13 novas tecnologias em 2019 e 14 em 2020 e 21.

Entre as várias inovações geradas, estão softwares, equipamentos, aplicativos, mapeamentos, sistemas de produção e novas variedades de plantas, desenvolvidas pela equipe de cerca de 130 pesquisadores da Epagri para atender às demandas das famílias agricultoras, pescadoras e maricultoras. “Nossa pesquisa é aplicada, ou seja, é feita para atender às necessidades apresentadas pelo nosso público, o que é um diferencial importante da Epagri”, explica Edilene.

Um bom exemplo dessa pesquisa aplicada é o fomento de novas cadeias produtivas no Estado, como aconteceu com o lúpulo nos últimos três anos. Os pesquisadores da Epagri desenvolveram projetos para verificar a adaptação de variedades de lúpulo, a influência de diferentes sistemas de condução, o controle das doenças, proporcionar a elaboração de cervejas e análise sensorial com as variedades da planta, avaliar a qualidade dos cones de lúpulo, entre outras ações, como a análise de risco climático para a cultura. Esse trabalho se une à extensão rural da Epagri, que fornece suporte técnico aos produtores que estão iniciando o cultivo no Estado.

O número de projetos científicos desenvolvidos, que aumentou expressivamente desde 2019, é uma mostra do estímulo que a área recebeu na gestão da ex-presidente. Em 2019 foram 208 projetos, em 2020 foram 247 e em 2021 os pesquisadores da Epagri registraram um total de 409 novos projetos. Só nos primeiros três meses de 2022 os pesquisadores da Empresa já haviam aprovado 375 projetos para serem desenvolvidos durante o ano.

O número de publicações científicas é outra métrica aplicada para avaliar o trabalho de uma instituição de pesquisa e, nesta área, a Epagri também teve bom desempenho nos últimos três anos, sempre superando as metas. Em 2019 foram lançadas 892 publicações, em 2020 foram 774 e em 2021 foram 800. Até março de 2022 foram realizadas 35 publicações científicas pelos pesquisadores da Epagri.

Modernização da gestão

Desde 2019 a Epagri também vem modernizando seus métodos de gestão, que teve início com a reestruturação do Departamento de Planejamento. O objetivo é aprimorar cada vez mais o desempenho da área meio da Empresa e sua integração com a área fim.

Entre as diversas providências adotadas na gestão Edilene estão a criação de um Comitê de Gestão de Riscos e Compliance e a adoção do Modelo de Excelência em Gestão (MEG-TR), preconizado pelos governos Federal e Estadual para medir o grau de amadurecimento de cada instituição para fins de transferências de recursos da união, e ao mesmo tempo propor plano de melhorias de gestão, direcionado para melhor eficiência da empresa.

A Epagri também criou um núcleo de projetos (Nuproj) para atuar na priorização e elaboração de projetos estratégicos para a empresa, dando maior visibilidade à Empresa para captação de recursos. Além disso, foram revisados diversos documentos institucionais periódicos, padronizados formulários e normatizados processos e fluxos.

Em novembro de 2021 a Epagri contratou uma consultoria especializada na área de melhoria de processos. “Esse trabalho já mostrou seus primeiros efeitos e há grande expectativa de melhoria de eficiência nos processos, que devem ocorrer até o final de 2022”, relata Vamilson Prudêncio, chefe de gabinete da Epagri.

Outra providência importante foi a proposição de novos indicadores, como tecnologias adotadas, retorno econômico e desempenho ambiental. O objetivo é medir e apresentar os resultados da atuação da Epagri para a sociedade com ainda mais precisão. Estes novos indicadores devem passar a substituir os atuais ainda em 2022. “É importante destacar que ao estabelecer metas para os indicadores de desempenho institucionais, fica estabelecido o foco de atuação na busca por resultados”, reforça a ex-presidente da Epagri.

foto>Aires Mariga, divulgação

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