Coluna do dia

Disputa para a presidência da Alesc

Disputa para a presidência da Alesc

No já longínquo ano de 2001, os deputados Jorginho Mello (hoje federal) e Onofre Agostini – sem mandato por opção -, disputaram, de forma ferrenha, a presidência da Assembleia Legislativa. Foi a última vez que houve duas chapas brigando, literalmente, pelo comando do Legislativo. Da era Luiz Henrique para cá, sempre houve consenso, que já virou uma espécie de tradição na Casa. Tradição que tem tudo para ser quebrada em 2017, quando vence o mandato do atual presidente, Gelson Merísio.

Pelo cenário atual, tendo como pano de fundo as eleições de 2016 e 2018, os dois partidos que governam Santa Catarina, PSD e PMDB, caminham a passos largos para lados opostos. Na vertente do PSD, o apoio no próximo pleito na Alesc deve recair sobre Leonel Pavan (PSDB) ou Silvio Dreveck (PP), líder do governo Colombo. Já no PMDB, quem se articula é o primeiro-vice-presidente, deputado Aldo Schneider.

Evidentemente que a disputa será um desdobramento das eleições municipais do ano que vem, cujos preparativos apontam para verdadeiras guerras sangrentas entre PMDB e PSD na maior parte das grandes cidades. E uma prévia do certame estadual de 2018, quando as duas legendas, salvo alteração de 180˚ no contexto catarinense, estarão em trincheiras opostas.

 

 

Histórico

Em 2003, quando Onofre Agostini despediu-se da presidência do Parlamento estadual, o petista Volnei Morastoni foi eleito com 30 votos. Não teve adversário, muito embora os 10 deputados do PP à época, em sinal de protesto, tenham votado em branco. Luiz Henrique já era o governador.

 

 

A era dos 40

Em 2005, Júlio Garcia, hoje conselheiro do TCE, foi eleito presidente com 40 votos. Ali permaneceu por quatro anos – até 2008 -, inaugurando uma era que se estendeu até 2013, ano em que Joares Ponticelli também recebeu 40 sufrágios, a exemplo do que já havia acontecido com Jorginho Mello e o próprio Gelson Merísio.  Este período de tranquilidade encontra-se nos seus suspiros finais.

 

 

A força do governo

Em 2003, o PP contava com 10 deputados na Alesc, mesmo número que tem hoje o PMDB. No ano anterior, Esperidião Amin era o governador buscando a reeleição. Na atual legislatura, os progressistas, formalmente fora do governo há 12 anos, contam com quatro representantes na Casa.

 

 

A máquina do PSD

Quando fala em lançar o maior número possível de candidatos a prefeito, o PSD não está brincando. Em Jaraguá do Sul, o partido deve contar com a adesão do vereador mais votado da história da cidade, Jair Pedri, do PSDB. Ele, que fez 4,2 mil votos, deve trocar de endereço e disputar o paço contra Dieter Janssen (PP).

 

 

Falência ancorando

Coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, o deputado federal Mauro Mariani é taxativo quando se refere à situação do Porto de Itajaí: “Se não houver investimentos, vai falir.”

 

 

Confirmado

O Conselho de Administração da Eletrosul já foi convocado para o dia 15 de julho. Nesta data, Djalma Berger (PMDB) será escolhido presidente da empresa. Cláudio Vignatti (PT) será investido na diretoria Financeira.

 

Desdobramento

O ex-governador Paulo Afonso Vieira prossegue na diretoria Administrativa da estatal federal. E o diretor de Engenharia, Ronaldo Custódio, que acumula a Operações, vai guardar essa posição para o futuro aproveitamento do ex-deputado Jailson Lima da Silva (PT), nome respaldado pelo deputado federal Décio Lima.

 

Guilhotina

Em Mafra, menos de uma semana depois de assumir a prefeitura, Wellington Bielecki exonerou todos os comissionados. Afirma que vai governar com apenas 10% dos cargos preenchidos.

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