Coluna do dia

Dissidências no PSD

Na última semana antes do segundo e decisivo turno, o PSD, partido do candidato Gelson Merisio, vive uma situação delicada.

E absolutamente reprovável sob o aspecto da lealdade partidária. O deputado estadual Gabriel Ribeiro e o ex-prefeito da Capital, Cesar Souza Junior, declararam voto no rival de Merisio, o Comandante Moisés, do PSL.

Se levarmos em conta que o deputado eleito Júlio Garcia, que também é do PSD, rompeu com Merisio há tempos e ficou distante da majoritária durante a campanha, são três lideranças dissidentes.

Bem verdade que Ribeiro, que tentou a reeleição a estadual, e Junior, que disputou a federal, não se elegeram. Mas fizeram boas votações. A dissidência dos três é prejudicial ao concorrente do PSD, que já rema contra a onda 17 de Jair Bolsonaro.

Com o agravante de que Gabriel Ribeiro vem a ser sobrinho do ex-governador Raimundo Colombo, que também não conquistou a cadeira no Senado. Mas antes da campanha, fez de tudo para evitar a candidatura de Gelson Merisio!

 

Falta postura

No momento em que Gelson Merisio procura reunir todas as forças e ações para virar o jogo em cima do Comandante Moisés, as dissidências no próprio PSD, de alguma maneira dão uma arrefecida nesse processo.

 

Contraponto

Raimundo Colombo reagiu prontamente à manifestação do sobrinho. Assinalou que não concorda com Gabriel Ribeiro, acrescentando que a decisão do deputado “foi de cunho pessoal.” Além de não concordar, Colombo disse que não vai participar da iniciativa de Ribeiro.

 

Progressistas

Enquanto o PSD registra dissidências, vale registrar que lideranças do PP como o senador eleito Esperidião Amin, o prefeito de Tubarão Joares Ponticelli e o presidente da Assembleia Silvio Dreveck que não se elegeu, estão mergulhados e atuando com tudo na campanha de Gelson Merisio.

 

Neutralidade

Senador eleito, Jorginho Mello, é o presidente estadual do PR. Mas optou por uma saída tucana – ele foi filiado ao PSDB por vários anos – neste segundo turno. Apoia Bolsonaro na corrida presidencial, mas ficou neutro e liberou as lideranças do partido para seguirem o rumo que bem entenderem às vésperas da definição eleitoral no Estado.

 

Frustração

A equipe de Gelson Merisio vivia a expectativa de contar com o apoio de Jorginho Mello, o que não se concretizou.

 

Pró-forma

Prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, tem dito que também está neutro neste segundo turno. Mas nos bastidores, observa-se que ele estaria ajudando, discretamente, Gelson Merisio. Muito provavelmente em função da governabilidade e dos posicionamentos do PSD na Câmara da Capital. Em Joinville, setores do MDB, em posicionamentos pessoais, não partidários, também estão a favor de Merisio. Apesar de o pessedista ser adversário do Manda Brasa.

 

Tecnologia

Foi a articulação e o trabalho incansável dos deputados Daniel Freitas (federal) e Felipe Estevão (federal), e do Comandante Moisés, candidato ao governo, que garantiu a presença do futuro ministro da Tecnologia, Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro, em Florianópolis, na terça-feira à noite. Pontes prestigiou o evento da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia). A entidade abriu espaço para os dois postulantes ao governo catarinense.

Sair da versão mobile