Divisões
Característica marcante nos principais partidos catarinenses nesta fim de ano pré-eleitoral: divisões internas. No PSDB, enquanto Marcos Vieira e Dalirio Beber olham numa direção (aliança com o PMDB), Paulo Bauer avalia todos os cenários, mas não descarta chapa pura (com ele na cabeça), e Napoleão Bernardes não descarta alianças, mas posiciona-se como opção para a majoritária.
Divisões 2
No PMDB, o discurso de unidade vale para a militância e o público externo. Dário Berger diz que apóia Mauro Mariani, mas sempre na perspectiva dele próprio se viabilizar como cabeça de chapa. Sem esquecer de Udo Döhler, que observa a uma certa distância e pode ser peça-chave no processo a depender de quem sobreviverá daqui até o fim de março do ano que vem. Outro que terá papel relevante, e ainda examina várias opções (como assumir ou não o governo, disputar a reeleição no comando do Estado ou o Senado), é Eduardo Pinho Moreira.
Divisões 3
No PSD, o quadro não é diferente. Gelson Merisio controla o partido, vem construindo alianças importantes, mas não fala a mesma língua de Raimundo Colombo. Os deputados federais João Rodrigues e João Paulo Kleinübing, assim como o próprio Milton Hobus (estadual), também trabalham com cenários extras além do projeto de Merisio.
Divisões 4
Por fim, o PP está no dilema. Tem candidato com viabilidade eleitoral conhecida e que não pode, em hipótese, ser desconsiderada. Mas, essa ala do partido, embora tenha força na base, é minoritária na Executiva, que já assinou moção de compromisso em apoiar o PSD de Merisio. No começo de abril, vencido o prazo para a renúncia de prefeitos que desejam estar na majoritária estadual, os “sobreviventes” vão trabalhar em um cenário mais diáfano.