O dito popular, que é completado por outra frase famosa, “que te direi quem és,” é apropriado para o momento político-eleitoral ao Sul do Equador.
Com o segundo turno presidencial e em vários estados batendo às portas da campanha, aliar-se a determinados partidos e grupos políticos no round decisivo tem tirado o sono de candidatos, marqueteiros e assessores.
Jair Bolsonaro vem encarnando o antissistema e tem dito que não aceita apoios de envolvidos em casos de corrupção. Esse diapasão, que lhe embasa boa parte do discurso, limita sobremaneira as alianças depois de sete de outubro.
Na outra ponta, Fernando Haddad, o preposto de Lula da Silva, aconselhado desde a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, já deixou muito claro que seu arco de aliados pode ser vasto. Desde o centrão, que está com Geraldo Alckmin, passando por parcelas do próprio PSDB e chegando ao PDT de Ciro Gomes.
Não seria de se estranhar. Haddad e o PT estão aliados no Nordeste com figuras como os Renan’s, pai e filho, e Fernando Collor nas Alagoas; Eunício Oliveira e Cid Gomes no Ceará; Ciro Nogueira no Piauí; Jader e Helder Barbalho no Pará e a família Sarney no Maranhão. Resta saber se Bolsonaro se curvará a pragmatismos eleitorais e como o distinto público absorverá os arranjos do turno decisivo!
Na Justiça
O candidato ao Senado pela coligação “Aqui é trabalho” Raimundo Colombo obteve mais uma vitória na Justiça Eleitoral, que concedeu liminar derrubando propaganda com ataques promovidos por Jorginho Mello da coligação “Santa Catarina quer mais”.