A esmagadora vitória do prefeito de São Paulo, João Doria (80% dos votos váliados), nas prévias do PSDB para definir o candidato do partido à sucessão de Geraldo Alckmin, mexe com o ninho no Brasil.
Para ser candidato, o neotucano terá que renunciar à prefeitura da maior cidade da América Latina, dona de orçamento bilionário e problemas que crescem em proporção geométrica.
Se, por um lado, Doria rasga o discurso de campanha de que permaneceria quatro anos no Paço Municipal, por outro, ele encarna sim a renovação nas fileiras do PSDB.
Em renunciando, o paulistano pode, inclusive, se inscrever para disputar a Presidência. Vai depender de como virão as pesquisas, principalmente as de consumo interno, mostrando as tendências para o governo paulista e para o Palácio do Planalto. Se Alckmin continuar patinando abaixo dos dois dígitos, Doria pode se engraçar em voo federal.
Onda
A esmagadora vitória de João Doria, derrotando outros três nomes tucanos, pode ter reflexos nas fileiras do PSDB em outros Estados. Napoleão Bernardes, ainda prefeito de Blumenau, é um que pode se beneficiar da “onda Doria.” O alcaide, sem sombra de dúvidas, é o futuro do tucanato em Santa Catarina e mira uma vaga majoritária já nas eleições deste ano.