Blog do Prisco
Manchete

Dormindo com o inimigo

O senador Ciro Nogueira, novo Chefe da Casa Civil, já chamou o presidente da República de fascista, preconceituoso e defendeu o ex-presidiário Lula da Silva, dizendo que foi o melhor presidente da história deste país.

E foi além. Afirmou que não se veria numa eleição votando contra o petista, a quem encheu de elogios por seus programas de governo, uma parte considerável, sabe-se hoje, baseada em propaganda e marketing, uma das especialidades da esquerda.

Nogueira é do Progressistas do Piauí e concedeu a tal entrevista em 2017, quando ainda pairavam dúvidas sobre a condição eleitoral do ex-presidiário. Naquela oportunidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) o considerou inelegível. Depois do golpe branco de Edson Fachin, um dos ministros militantes de esquerda, o ex-presidiário passou a ser elegível, como num passe de mágica, menos de quatro anos após aquela definição das supremas togas.

 

Todo poderoso

Pois muito bem. O fato é que Ciro Nogueira vai pilotar toda a interlocução política do Planalto junto ao Congresso Nacional, bem como os principais encaminhamentos administrativos do governo.

 

Cara de pau

O que também não passou despercebido nesse mar de contradições, foi a manifestação de Lula da Silva. O ex-mito veio a público criticar a presença do Centrão no governo.

 

Corrupção sistêmica

É mais uma faceta da desfaçatez suprema, eterna desse personagem. O Centrão dominou os governos lulo-petistas, fazendo, literalmente, a festa no sistema mais corrupto da história deste país.

 

De volta

Enfim, agora o Centrão volta a dar as cartas, pois controla em torno de 250 deputados. Sem este contingente, não se governa o Brasil. Resta saber até que ponto Bolsonaro vai deixar correr frouxo e ou se vai levar a turma na rédea curta.

 

Vão os anéis

Noves fora esse contexto do teatro dos absurdos instalado na ilha da fantasia que é Brasília, Jair Bolsonaro dá provas contundentes de sua tibieza política ao trazer um lulista de carteirinha para dentro de casa. Com poderes para ajustar ou arruinar a gestão.

Foto: Isac Nóbrega/Presidência/20-05-2021