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Dresch criticou empresários oportunistas que incitaram povo a pedir a volta da ditadura

Deputado defendeu mudança na política de preços da Petrobras: “não adianta só trocar o presidente”

O deputado estadual, Dirceu Dresch, lamentou na sessão plenária da Alesc da manhã desta terça-feira (05) que empresários tenham se aproveitado da greve dos caminhoneiros para praticar preços abusivos, crucificando ainda mais a sociedade e para pedir intervenção militar. “Um movimento criminoso – porque a Constituição não permite e, inclusive, estão respondendo processo por isso – organizado por empresários catarinenses que usaram um movimento justo, reivindicativo, para incitar o povo a pedir a volta da ditadura”, disse.

Infraestrutura, não intervenção

Para Dresch, esse movimento trouxe à tona um dos grandes gargalos do Brasil, que joga todo o modal de transporte nas rodovias, e a discussão da política de preços praticada pela Petrobras. “Hoje temos menos ferrovias do que há 70, 80 anos, resultado da falta de planejamento histórico de um Brasil tão rico, extraordinário, de um povo que luta e batalha e que é induzido, muitas vezes, a apoiar golpes, o que provoca catástrofes ao nosso País”, disse. Para ele, ações bruscas não têm resultados positivos, basta ver o que aconteceu a partir de 2014, quando um grupo de lideranças políticas e empresariais articuladas com a mídia e o Judiciário provocaram uma crise política e econômica sem dimensões.

Subsidiar diesel com a saúde é absurdo

Dresch também criticou o ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, que, segundo ele, nunca acertou, seja em ministérios ou empresas públicas por onde andou. “É necessário mudar a política de preços da Petrobras, não adianta trocar o presidente e manter a estratégia de deixar 40% das refinarias ociosas e comprar combustível das grandes petroleiras norte-americanas com o barril do petróleo US$ 80,00, enquanto produzimos aqui a US$ 30,00”, afirmou.

Segundo ele, o governo tirou os impostos, o dinheiro da saúde, da assistência social e da previdência para subsidiar o óleo diesel, mas a gasolina e o gás de cozinha continuam aumentando. “Subsidiar o diesel com recurso da saúde é absurdo. É preciso retomar a política que o Brasil vinha desenvolvendo durante os governos Lula e Dilma, de manter os preços sob controle e continuar investindo em refinarias.”

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