O deputado Silvio Dreveck (PP), que assumiu automaticamente a presidência da Assembleia com a morte de Aldo Schneider (MDB), no domingo, deve encerrar o atual mandato no cargo. Ou seja, ficará no comando do Parlamento catarinense, hoje o segundo cargo na linha sucessória estadual, até fevereiro de 2019.
Qualquer outra alternativa tem chance zero de vingar. Inclusive a que já começou a se falar, vinda de setores do MDB e do PSDB, de que o deputado Manoel Mota, que está no sétimo mandato, poderia ser “homenageado” com a presidência para encerrar sua carreira política. Mota já anunciou que não disputará a reeleição. A ideia seria colocar dois emedebistas do Sul para encerrar o ciclo político no governo (Eduardo Moreira) e no Parlamento (Mota).
Absolutamente nada contra o deputado Mota, que tem longa ficha de bons serviços prestados na área pública e é um homem correto. A articulação é natimorta simplesmente porque estamos no meio de uma campanha eleitoral que, após 12 anos, colocou novamente o PP de Dreveck e o MDB de Mota/Aldo em trincheiras opostas. Voltaram ser adversários com o desmonte da tríplice aliança idealizada por Luiz Henrique da Silveira.
Regimento é claro
Nem mesmo existe a previsão regimental para tal manobra na Alesc. Historicamente, quando o presidente da Casa morre, o vice assume automaticamente. E daí convoca eleições para eleger o vice, que pode ser do MDB, obviamente.
Divisão
O detalhe é que, ao contrário do que alardeiam emedebistas e setores tucanos, a presidência da Alesc em 2018 não é do Manda Brasa. Lá atrás, quando se dividiu o atual mandato presidencial em um ano para Silvio Dreveck (PP) e um ano para Aldo Schneider (MDB), Gelson Merisio, o patrono da costura, tinha votos suficientes para dar dois anos ao Progressista.
Desentendimento
A ideia inicial era dividir o mandato no comando da Casa em um ano para o PP e um ano ao PSDB. Como os tucanos Leonel Pavan e Marcos Vieira não se entenderam naquela oportunidade, Merisio se acertou com Aldo Schneider, que sempre foi muito correto em toda a condução.
Pessoa física
O acordo de Merisio foi com Schneider pessoa física e não com o MDB, partido político. A bancada estadual do partido sabe muito bem disso, bem como os assessores mais próximos de Aldo Schneider.
Carga tributária
Os candidatos Décio Lima, Gelson Merisio e Mauro Mariani assumiram o compromisso de não elevar a carga tributária, caso eleitos. Eles assinaram documento durante o Diálogo com os Candidatos ao Governo de Santa Catarina, realizado na noite desta segunda-feira (20), em Florianópolis, na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), no qual receberam a Carta da Indústria, documento que consolida as principais demandas para o período 2019-2022 e que constituem subsídios para os planos de governo.
Ausência
O PSL, partido de Jair Bolsonaro em Santa Catarina, emitiu nota oficial depois que a Fiesc resolveu fazer um diálogo envolvendo apenas três dos nove candidatos ao governo de Santa Catarina. O partido, que tem no comandante Moisés seu postulante à sucessão de Eduardo Moreira, manifestou preocupação e lamentou a decisão da entidade empresarial. O PSL lembrou que Bolsonaro lidera as pesquisas no país e em Santa Catarina.