Moisés da Silva convidou os presidentes dos demais poderes de Santa Catarina para uma conversa esta semana. Os dirigentes da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, do Tribunal de Justiça, Rodrigo Collaço, e do Tribunal de Contas do Estado, Adircélio de Moraes Ferreira Junior, participaram. Sandro Neiss, procurador-geral de Justiça, estava em viagem e não compareceu.
Aliás, Neiss será sucedido por Fernando Comin no dia 10 de abril, quando encerra o ciclo no comando do Ministério Público de Santa Catarina.
Moisés deixou claro que gostaria de manter estas reuniões com regularidade, uma vez por mês, de preferência. Para estreitar as relações e azeitar os canais de comunicação e atuação.
O governador enfatizou a necessidade de contenção de despesas, falou sobre a reforma administrativa, salientando que a proposta é no sentido de despolitizar o governo e de reduzir gastos. Dentro dessa linha de enxugamento, Moisés levou o titular da Fazenda, Paulo Eli. Ele fez uma explanação sobre o quadro financeiro de Santa Catarina, destacando as dificuldades de caixa.
Outro olhar
Por outro lado, as manchetes da imprensa nesta semana estamparam o crescimento da receita do Estado em fevereiro deste ano comparativamente ao mesmo mês do ano passado. Subiu 20%, um percentual bem expressivo. Significa claramente que a economia de Santa Catarina está reagindo, gerando empregos (no primeiro trimestre de 2019 foram quase 25 mil novas vagas), evoluindo bem.
Versões
No meio desta cruzada de informações, é possível concluir, e também por informações de bastidores, que a situação fiscal catarinense não está assim tão complicada. Não num ponto extremo de atrasar folha de pagamento, por exemplo.
Herança de LHS
É neste contexto de cortes de despesas que Moisés da Silva deseja fazer o caminho inverso ao estabelecido por Luiz Henrique da Silveira. LHS vinculou o duodécimo dos poderes (o valor mensal que o Executivo repassa às outras instituições) ao crescimento da receita estadual. O governador atual pretende “desfritar” o ovo da era LHS e desvincular o duodécimo da evolução arrecadatória.
Preliminares
Segundo Moisés da Silva, os poderes teriam um percentual fixo mensal que não cresceria atrelado à escada da arrecadação. Desvinculando o duodécimo, o Executivo terá mais recursos para custeio e investimentos.
Evidentemente que foi uma primeira conversa. O assunto está nas preliminares. Garcia, Collaço e Moraes ouviram. E pretendem ouvir mais, avaliar bem o assunto e acompanhar os encaminhamentos futuros sobre o tema por parte do Centro Administrativo.
Perdedor
Na guerra estabelecida entre Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia, é possível que haja vencedores políticos, que saiam empoderados da disputa. A nação, a seu turno, só tem a perder com este tiroteio bizzarro.
Coluna apoia
A deputada federal Carmen Zanotto propôs, na Comissão de Direitos da Pessoa Idosa (Cidoso), a criação de Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) para apurar as denúncias de violência financeira exercida pelo sistema bancário contra os aposentados.
“Esta Casa precisa abrir essa caixa-preta do empréstimo consignado. Há um esquema que repassa informações privilegiadas ao sistema financeiro,” cobrou ela.