Sinal claro de que a economia não se descolou da política, como sugerem alguns gurus, é a queda na geração de empregos em Santa Catarina pelo segundo mês consecutivo. Em junho deste ano, no comparativo com o mesmo mês de 2016, foram fechados 1.546 preciosos postos de trabalho.
Muito embora a aprovação da Reforma Trabalhista tenha dado uma acalmada no ambiente, empresários e investidores seguem muito cautelosos. A instabilidade política, com o presidente da República denunciado por corrupção, algo nunca visto antes na história, não permite ousadia quando o assunto são investimentos pesados (que geram os empregos e fazem a economia girar).
Não por acaso, no afã de tentar se segurar no cargo, Michel Temer, além da generosa distribuição de emendas a congressistas ainda supostamente aliados, vai jogar as fichas que lhe restam para recolocar em pauta a Reforma da Previdência. Se a economia começar a melhorar de fato, o presidente acredita que se fortalece e terá discursos para ir ficando no comando.
Tudo se copia
Prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, vez por outra reafirma que faz questão de copiar, sem constrangimento, ideias que deram certo em outras cidades. Recentemente ele recebeu na prefeitura a visita do prefeito de Timbó, Jorge Krüger, que fez uma apresentação do projeto Timbó Empreendedor: Uso do Poder de Compras Governamentais como Vetor de Desenvolvimento Local, no qual 65% das compras da prefeitura são junto aos empreendedores da própria cidade.
Salto
A média nacional dessa transação que valoriza as empresas locais é de 30%. A iniciativa timboense recebeu um prêmio do Sebrae no ano passado. Joares já iniciou um estudo de viabilidade para aplicação da ideia.
Vice assume
Ontem, Ponticelli tirou licença de 14 dias, sem vencimentos. Assumiu o vice, Caio Torkaski.
Plano de cargos
Procurador Sandro José Neis, chefe do Ministério Público estadual, foi até a Assembleia Legislativa. Entregou pessoalmente ao presidente da Casa, Silvio Dreveck, sugestões de projetos de lei que alteram o plano de cargos e salários dos servidores do MPSC e também a estrutura administrativa do órgão.
Economia
Sandro Neis garantiu a Dreveck que os projetos, se aprovados como estão, vão gerar economia de R$ 6 milhões por ano aos cofres públicos.
Frase
“O Brasil foi o maior perdedor da política industrial e comercial praticada nos 13 anos do governo petista.” Editorial do Estadão, baseado em relatório da Organização Mundial do Comércio.
Cobrança
Presidente da Fiesc, Glauco Côrte, entregou a Raimundo Colombo um raio-x da situação econômica de Santa Catarina entre abril de 2016 e fevereiro de 201. E defendeu investimentos urgentes na manutenção de rodovias. A maior preocupação do setor produtivo é com as vias por onde são escoadas a produção catarinense.
Sensibilização
De acordo com Côrte, o estudo identificou 2,4 mil quilômetros de rodovias em várias regiões do Estado que necessitam de melhorias. O objetivo é sensibilizar o governo e lideranças políticas para que sejam tomadas medidas necessárias para melhorar a qualidade da malha viária.
Recursos
É louvável a iniciativa da Fiesc, mas só um milagre financeiro para o governo, na estrutura e situação atual, disponibilizar recursos para atender as necessidades apresentadas. De forma reservada, integrantes do governo ligados à Infraestrutura, têm dito que não há verbas.