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E agora lá fora… todo mundo é uma ilha?

Recentemente escrevemos um artigo intitulado: Machado de Assis, Freud e o mundo líquido, o qual concluiu que temos que ser nós mesmos, buscando, sempre, nossa essência humana, deixando de viver a vida dos outros, tanto que finalizamos o artigo como uma frase de Rubem Alves: “meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.”

Passados alguns dias, li um artigo intitulado “As lições de uma chef”, de Antônio Marcos Gavazzoni, que começou falando da vitória de Dayse Paparoto no Master Chef Profissinais. Do que estava escrito absorvi que, segundo o autor, ela vencera aquela edição do programa de TV porque havia sido ela mesma, buscando ser ela própria. Não imitou, não quis ser quem não era. Na frase do autor, “Dayse foi sempre Dayse”, sentenciando: “A todo instante, é necessário superar desafios, sair de nossa zona de conforto e buscar soluções para os problemas.”

Foi aí que me veio à mente uma frase de Hilel, um ancião Judeu que nasceu 60 anos antes de Cristo e também viveu na antiga Jerusalém. Disse ele: “Se eu não sou por mim mesmo, que será de mim? E quando eu sou somente para mim, quem eu? E se não for agora, quando?”

Acreditemos na nossa essência, sejamos nós mesmos, lutemos bravamente por nós e também por aqueles que necessitam, pois quem seremos se pensamos apenas no nosso próprio eu. Não vivamos só de sonhos, executemos mais, tenhamos mais confiança nas nossas capacidades, afinal de contas “somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos”, diria Eduardo Galeano. Vamos crescer, vamos procurar entender as coisas, vamos acordar antes que o sol nasça, precisamos ver os rostos antes que o sol se ponha, não sejamos apenas ilhas, nessa terra de Gigantes, lembrando dos Engenheiros do Hawaii.

 

Ulisses Gabriel, Delegado e presidente da ADEPOL-SC

 

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