Deputado estadual Laércio Schuster, que foi o voto decisivo para o afastamento de Moisés da Silva no segundo impeachment, ficou em maus lençóis em relação à sua própria manifestação em relação ao rumoroso caso depois do arquivamento da investigação pelo Ministério Público Federal.
Na sessão de julgamento que culminou com o placar de 6 a 4 contra o governador, Schuster deixou muito claro que “o Ministério Público Federal trabalha para analisar os dados sensíveis acerca da participação de Carlos Moisés nos crimes apurados.”
Muito bem. Arquivado o processo em relação ao chefe do Executivo, como será seu voto na sessão final do impeachment que pode ou não cassar o mandato de Moisés.
É público e notório que o nobre parlamentar nomeou o secretário de Infraestrutura do governo interino de Daniela Reinehr e também o titular da Defesa Civil, sem falar em outros cargos na máquina estadual.
Perfil
Não será surpresa se Laércio Schuster mantiver o voto contra o governador, considerando-se o perfil de oportunista de plantão em meio a uma faceta glamorosa de fisiologista. Aguardemos.
Contramão
Ontem à tarde, o STJ também arquivou o inquérito envolvendo o governador afastado no episódio dos respiradores, na mesma direção da Polícia Civil, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e Tribunal de Contas. Até aqui, somente o Tribunal Especial de Julgamento, composto por deputados e desembargadores, foi na direção oposta.