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Economia colaborativa: um caminho sem volta

A maior rede hoteleira do planeta não possui quarto algum. A empresa líder em transporte veicular não tem automóveis. A maior empresa varejista do mundo não possui lojas físicas. O que o Airbnb, Uber e Alibaba têm em comum? Todos são frutos da economia colaborativa, uma das principais tendências de consumo da atualidade que veio para ficar.

O modelo de economia compartilhada — aquele em que as empresas usam a tecnologia para ajudar as pessoas a trocar bens ou prestar serviços entre si – tem sido uma alternativa viável em tempos de crise. No foco dessa tendência mundial estão empresas e projetos que surgiram a partir de variações do compartilhamento “peer-to-peer”, ou seja, de pessoa para pessoa. Embora haja uma grande empresa por trás, o contato é feito diretamente entre o cliente e o indivíduo que vende ou disponibiliza o serviço.

Além disso, a maioria destas empresas nasce como startups, a partir da intenção de melhorar a vida das pessoas. É o caso da Uber, por exemplo, que surgiu porque os fundadores, Travis Kalanick e Garret Camp, não conseguiam pegar um taxi em uma nevasca. Hoje, a companhia de serviços de corrida está presente em 581 cidades de 81 países, representando mais de 52% do total de transporte terrestre no mundo, com dois milhões de motoristas. O Brasil está em terceiro lugar no número de usuários, atrás somente dos Estados Unidos e da Índia.

Assim como a Uber, a plataforma Airbnb (Air, Bed and Breakfast, em inglês) também foi criada há oito anos em São Francisco, nos Estados Unidos. Neste caso, os fundadores Nathan Blecharkzyc e Brian Chesky venceram por acreditarem de fato na ideia, após ouvirem sete “nãos” de investidores. O serviço de hospedagem hoje está presente em 191 países, com mais de três milhões de acomodações que vão desde quartos simples até castelos, e vale R$ 30 bilhões, mais que qualquer rede de hotéis no planeta.

Segundo dados da consultoria mundial PricewaterhouseCoopers (PwC ), a projeção de movimentação global da economia colaborativa para 2025 é de US$ 335 bilhões. O movimento veio para ficar e todos os dias são criadas novas startups, com novas ideias que tem em comum o mesmo objetivo: facilitar a vida das pessoas.

 

Carlos Chiodini, Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável Santa Catarina

 

 

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