Manchete

EDITORIAL: Escárnio sem fim

Declarações recentes das nossas supremas togas soam como um completo disparate! Questionar a sanidade e a coerência dos 11 intocáveis torna-se indispensável quando enfrentamos tais níveis de hipocrisia e desfaçatez. A verdade e a responsabilidade devem prevalecer!

A ministra Rose Weber deve estar com algum problema de saúde para se posicionar publicamente dessa maneira (veja vídeo).

Parece que já vem tarde a expulsória dela. Será agora em outubro. É vil, é repugnante a presidente da suprema corte declarar que Alexandre, o diminuto, foi aplaudido por aqueles que ele persegue e mandou prender daquela forma quando os “visitou” na cadeia. É surreal, alguém nos belisque.

Sério que oraram juntos pelos detentos? Atenção, essa afirmação partiu de alguém, essa inominável suprema autoridade, que votou por tornar legal o assassinato de seres humanos até as 12 semanas de gestação.

Eles oraram na direção de quem? Do Senhor Deus ou do diabo? Não dá pra acreditar. O STF está a cada dia mais desacreditado, escarnecedor, sem noção, debochado, fora da realidade. Ali, o que menos importa é a lei, a postura, a dignidade, enfim.

Toda semana é uma porrada, um tapa na cara da sociedade. Avançam o sinal, sem o menor pudor, em várias frentes:  direito à propriedade, contribuição sindical, marco temporal, descriminalização das drogas, etc, etc e etc.

O estopim para a reação nacional contra tantos descalabros foi a questão do aborto. Aí passaram de todos os limites. Ainda mais considerando-se que a presidente da corte é uma mulher e está se aposentando.

Calcularam muito mal esse petardo contra a população. O direito à vida é algo muito precioso ao brasileiro que, em sua esmagadora maioria, é cristão, religioso e conservador.

Outro aspecto importante nesse contexto é a resposta rápida do Senado acerca do Marco Temporal para demarcação de terras indígenas.

Marco Temporal para acabar com o garimpo no Norte? Excelente. Tem todo o apoio. Agora expulsar centenas, milhares de famílias de suas propriedades produtivas, algumas com escrituras centenárias, para assentar índios, que mal conseguem produzir para sua subsistência? Onde estamos?

Esse assunto tem que ser bem discutido, bem debatido, esmiuçado, avaliado, analisado. Jamais pode-se tomar uma decisão dessa magnitude goela-abaixo.

O arbítrio do STF sobre a demarcação de terras gera uma série de consequências econômicas e sociais, com menos geração de emprego, êxodo rural, incha ainda mais os centros urbanos, é uma cadeia de perde-perde. Ciclo vicioso.

Legislação é com o Congresso! Não dessa maneira. O Senado reforçou a decisão da Câmara sobre o Marco Temporal estabelecido na Constituição, desautorizando as supremas togas na sequência do despacho do plenário do STF.

A oposição na Câmara está sintonizada e obstruindo a pauta. O todo-poderoso Arthur Lira vem empurrando o jogo com a barriga também para pressionar o ex-mito e seu áulicos, visando ser atendido nos seus interesses. Todos muito republicanos, evidentemente.

Mas o recado principal contra o desvairio vem do Senado, que é a Casa dos estados, da federação brasileira. E que se posiciona em relação a questões cruciais como sabatina e aprovação de ministros e processos de impeachment solicitados contra as supremas togas.

A sensação que fica é a de que o vassalo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pode estar raciocinando na seguinte linha: segurei esse tempo todo, fiz uma média enorme com Lula e o STF, mas estou muito mal junto à opinião pública e preciso me reeleger em 2026.

Estaria Pacheco sinalizando que poderá até mesmo pautar um pedido de impeachment de um dos supremos juízes se o povo for para as ruas? A conferir!

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