Foi divulgada ontem a pesquisa presidencial encomendada pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. É o segundo levantamento do Ibope realizado depois da oficialização das candidaturas na Justiça Eleitoral e o primeiro depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou a candidatura de Lula.
Neste cenário, Jair Bolsonaro lidera com 22% das intenções de voto. Depois vêm Marina Silva e Ciro Gomes, os dois com 12%. Geraldo Alckmin tem 9% e Fernando Haddad, o candidato do PT, atingiu 6% da preferência, segundo o Ibope. Alvaro Dias e João Amoêdo também estão empatados, com 3%. Os demais candidatos têm 1% ou não pontuaram. Brancos e nulos são 21% e indecisos, 7%.
A leitura é cristalina. A eleição está absolutamente aberta. Bolsonaro cresceu um pouco, assim como Ciro Gomes. Marina estagnou e Alckmin oscilou pra cima. Haddad melhorou um pouco, mas ainda não houve a sonhada transferência de votos de Lula da Silva para ele. Até porque, o PT insiste na estratégia errada de manter o ex-presidente, preso e inelegível, como candidato.
Tiro curto
Nesta campanha bem mais curta do que as do passado, certamente as pesquisas ainda não captaram a influência das propagandas no rádio e da TV e a própria campanha nas ruas, que está bem tímida. A definição mesmo deve ocorrer nas últimas duas semanas, quando candidatos e coligações devem concentrar todas as energias e recursos na busca pelo voto.
Protagonista e coadjuvante
Um fato que vem chamando a atenção na campanha estadual. Mauro Mariani e Napoleão Bernardes aparecem juntos em todos os materiais e no rádio e na TV. Falam de suas trajetórias, apresentando propostas, enfim, são dois candidatos ao governo. Napoleão é protagonista também na chapa com Mariani. Já na composição de Gelson Merisio, o vice pouco aparece e quando surge, fala isoladamente e por pouco tempo. João Paulo Kleinübing é coadjuvante.
Aposta
Evidentemente que Mauro Mariani está apostando na densidade eleitoral, no carisma, na empatia, na desenvoltura verbal e na personalidade de Napoleão Bernardes. Já Merisio tem uma relação apenas protocolar, pelo menos nas propagandas, com seu vice. A diferença é gritante. Resta saber qual a influência que essas situações vão exercer no eleitorado catarinense.
Boataria
O ex-deputado Hugo Biehl segue firme na campanha eleitoral. Quer retornar à Câmara Federal e desmente boatos indicando que ele teria desistido da corrida eleitoral. Segundo interlocutores, o projeto conta com o apoio de muitos setores da sociedade, especialmente do agronegócio em geral e das cooperativas em particular. O staff de Biehl atribui a boataria aos adversários.
Substituição tributária
No próximo dia 19 de setembro será realizado em Florianópolis o primeiro debate sobre a “Extinção da Substituição Tributária Sobre o ICMS”, em Santa Catarina. O evento é promovido pelo Instituto de Estudos Tributários do Rio Grande do Sul, com apoio de diversas entidades catarinenses do setor comercial e industrial. O debate acontece na FIESC, a partir das 14h, e terá o secretário da Fazenda, Paulo Eli como um dos palestrantes.
Alckmin em SC
O presidenciável tucano Geraldo Alckmin é presença confirmada no lançamento de campanha de Geovania de Sá (candidata à reeleição como deputada federal) e Dóia Guglielmi (candidato a deputado estadual), neste sábado, em Criciúma.
Além de Alckmin, os candidatos da majoritária da Coligação SC Quer Mais, Mauro Mariani, Napoleão Bernardes, Paulo Bauer e Jorginho Mello, e o governador do Estado Eduardo Moreira, também farão parte do evento.