Coluna do dia

Eleição embolada

A pesquisa DataFolha divulgada na segunda-feira à noite, mostra um cenário de grande indefinição na corrida presidencial. Os dados foram colhidos logo depois do ataque criminoso e covarde a Jair Bolsonaro, do PSL.

Enganaram-se, pelo menos segundo o DataFolha, aqueles que apostaram que a comoção em torno do crime vitaminaria a candidatura de Bolsonaro. Ele oscilou positivamente dois pontos percentuais. Ainda de acordo com o instituto, Bolsonaro é o mais rejeitado, mas também tem 20% na pesquisa espontânea, o que é um voto praticamente consolidado. Nessa toada, o concorrente do PSL tem tudo para garantir uma das duas vagas no segundo turno.

A outra vaga, diz o DataFolha, está sendo disputada, voto a voto, por quatro candidatos. Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Fernando Haddad e Marina Silva. Com o registro de que os dois esquerdistas (Ciro e Haddad) cresceram. O primeiro subiu três pontos percentuais e o segundo, cinco pontos, e o tucano oscilou levemente para cima, um ponto percentual. Já Marina despencou cinco pontos percentuais. Por ora, a disputa é do candidato de direita contra alguém de esquerda, da radical ou da mais moderada.

 

Espólio

A Pesquisa DataFolha foi a primeira do instituto sem o nome do ex-presidente Lula da Silva, preso e inelegível. Ficou muito claro que Ciro Gomes e Fernando Haddad cresceram no espólio eleitoral do petista, com maior vantagem para Haddad por motivos óbvios. Ele é o candidato, de fato, e estava lá atrás nas pesquisas.

 

Levanta e corta

O candidato à Presidência da República pelo Novo, João Amoêdo, e o embaixador do partido, o ex-jogador e técnico de vôlei Bernardinho, estarão nos dia 14 e 15 de setembro em Florianópolis e Criciúma, respectivamente, para diversos compromissos de campanha. Com um discurso coerente, sem fundo partidário e sem radicalismo, o Novo vem angariando simpatizantes de forma consistente, especialmente no Sul e no Sudeste.

 

Pavan vice

Nem Neodi Saretta, nem Manoel Mota. O novo vice-presidente da Assembleia Legislativa é o deputado Leonel Pavan, do PSDB. Saretta, que tinha apoio do PSD e do PP, abdicou da candidatura em nome do consenso e da presença dos tucanos na Mesa. Era o único partido de musculatura fora da composição. Pavan foi indicado candidato de consenso. A eleição foi ontem no fim da tarde. Até Gelson Merisio votou nele. A conferir os desdobramentos políticos, já que havia um entendimento prévio entre PSD, PP e PT!

 

Casado

A assessoria do deputado estadual Ricardo Guidi, candidato a deputado federal, entrou em contato com a coluna para contrapor informação recebida e divulgada por aqui de que o parlamentar estaria ignorando Gelson Merisio em seus materiais de campanha. Os dois são correligionários, disputam pelo PSD e Merisio é candidato a governador. A assessoria enviou a imagem de materiais onde consta a logo de campanha do candidato a governador.

 

Batalhão

Fiel escudeiro do falecido deputado Aldo Schneider, Jerry Comper, que se apresenta como Jerry do Aldo para deputado estadual, chega com musculatura para a reta final das eleições. Tem o apoio de 22 prefeitos, sendo 15 do Alto Vale do Itajaí, região onde o MDB é muito forte; 14 vice-prefeitos, sendo 11 do Alto Vale; 142 vereadores e 20 ex-prefeitos.

 

Abrangência

Jerry do Aldo está projetando votação em pelo menos 100 municípios, concentrando sua atuação em 60 cidades catarinenses. Assim como o ex-chefe, o candidato tem a parceria total do deputado federal Rogério Peninha Mendonça, candidato à reeleição. Vale lembrar que na eleição de 2014, Aldo Schneider conquistou votos em 137 dos 295 municípios.

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