O pleito municipal de 2020 definitivamente entra para a história democrática do país. Por um bom tempo, em função da pandemia assolando o país, chegou-se falar em adiar a eleição para 2021. Ela acabou ocorrendo em pleno novembro, quando normalmente seria em outubro.
Com novas regras, num cenário de crise sanitária, econômica e política em Santa Catarina, o que foi um ingrediente a mais.
Em função do contexto, este, sem dúvida, foi o pleito mais eletrônico já realizado. Redes sociais e internet tomaram o lugar dos comícios, reuniões e eventos públicos realizados por candidatos.
O interesse da população durante a campanha foi baixo, por óbvio. Mas o comparecimento às urnas parece ter sido maciço. A conferir os resultados, de olho nas abstenções, cuja tendência era de aumento significativo.
Geografia das urnas
Importante observar também que ordem e peso partidários sairão das urnas, pois a política, desde 2018 vem mudando, embora o termo “nova política” tenha sido apenas um sopro e já ficou no passado. Este ano, para surpresa de muitos, parece que não repetirá o fenômeno da onda Bolsonaro, nem da onda vermelha de 2002. É um novo momento. Quem entendeu pode ter se beneficiado eleitoralmente.
Futuro
Evidentemente que o resultado de 2020 influenciará a disputa majoritária de 2022. O clima criado neste ano, no entanto, com os pedidos de impeachment, influenciou a opinião pública sem sombra de dúvidas. As pessoas já estavam esgotadas com a pandemia, quarentena, etc e aí os deputados resolveram fazer a manobra para tentar derrubar o governo, forçando a barra.
Sistemas
Até o fechamento da coluna, mais de 150 urnas pelo estado tiveram problemas, o que sempre acaba levantando velhos questionamentos acerca do sistema. O e-título, outra inovação deste ano, também apresentou instabilidade e não funcionou para muitos eleitores.
Carece de aperfeiçoamento. Um homicídio também havia sido registado pela PMSC. A morte teria motivação por disputa eleitoral em Piratuba, no Meio-Oeste.
Indignados e unidos
Em Joinville, maior colégio eleitoral de Santa Catarina, a indignação com o governo atual levou duas lideranças outrora adversárias a apoiarem o candidato Darci de Matos, do PSD. Rodrigo Coelho e Rodrigo Fachini estão há muito tempo insatisfeitos com a forma como Joinville está sendo conduzida. Segundo eles, as pessoas foram deixadas de lado.
Pé na estrada
Apesar da pandemia, os dois pegaram junto na campanha de Matos. Na manhã de sexta-feira foram mais uma vez às ruas buscar esse apoio, que cresce a cada instante. “Nosso muito obrigado a todos que estão conosco. Tenham a certeza de que juntos iremos fazer Joinville voltar a florir, com respeito a cada joinvilense, a cada pessoa que escolheu nossa cidade para morar”, afirma Fachini.
Pesquisas
Outro ponto que será observado atentamente e registrado pela coluna nos próximos dias serão os números apresentados pelas pesquisas nesta reta final e a pesquisa que vale, a das urnas.