Coluna do dia

Eleições e prisões

Coincidentemente, na mesma manhã em que o ministro Carlos Marun, articulador político de Michel Temer, reuniu-se com o governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira, e alguns deputados federais, para anunciar liberação de R$ 120 milhões para a Saúde e também o desenvolvimento do Turismo no Estado, a Polícia Federal levava ao xilindró quatro amigos do presidente: José Yunes, Capitão Lima, Wagner Rossi e Antônio Greco.

Eles estão na mira do  ministro-algoz de Temer, Luiz Roberto Barroso. E são suspeitos de participarem de um esquema para beneficiar a empresa Rodrimar,  no chamado decreto dos portos.

Essa situação fragiliza sobremaneira a possibilidade de candidatura do presidente à reeleição. Curiosamente, Marun veio fazer anúncio que deixa transparecer claramente um pacto entre Temer e Eduardo Moreira. Os dois com vistas à reeleição, num acordo permeado por auxílio financeiro vindo do Planalto. Só faltou, no caso presidencial, combinar com Barroso e a Polícia Federal.

Aqui na província, Moreira movimenta-se como candidato. Mas também precisa combinar com Mauro Mariani e seu grupo dentro do Manda Brasa.

 

Guerra nos poderes

Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) emitiu nota repudiando, veementemente, os ataques do deputado Mário Marcondes (MDB) ao Poder Judiciário e ao juiz Luis Franciso Delpizzo Miranda, titular da Primeira Vara da Fazenda da Capital.

O magistrado não aceitou pedido de liminar para suspender o contrato que permitiu à Assembleia comprar um prédio novo, na Avenida Mauro Ramos, por R$ 83 milhões. Marcondes, crítico contumaz da compra do prédio, subscreveu a ação popular, com pedido de liminar para suspender o negócio.

 

Tribuna

Na quarta-feira, Marcondes foi à tribuna e desancou o magistrado e o Judiciário. Disse coisas assim. “Se estão comparando a compra do prédio da Assembleia com a do MP e do TJ é porque estão querendo acobertar alguma coisa também. E eu não tenho medo de falar isso aqui.” E prosseguiu. “Acho que o juiz da 1ª vara foi contratado para fazer a defesa da Assembleia, ele não foi juiz. É lamentável a posição do Poder Judiciário de Santa Catarina,” disparou  o parlamentar.

 

Reação

Na nota da AMC, a entidade registrou sua reação, assegurando que “vem a público repudiar as declarações levianas e infundadas.” Prossegue o texto. “A ofensa ao Poder Judiciário e ao magistrado em específico não pode ser tolerada ou tida como agasalhada pela imunidade parlamentar. Daqueles que se dispõem a representar o povo se espera agir ético e equilibrado e respeito irrestrito aos demais agentes políticos e instituições democráticas.” Resta saber se o assunto ficará restrito ao tiroteio verbal.

 

FRASE

 “Paralelo a isso, encontra-se a boa articulação entre a sociedade civil organizada e o Poder Legislativo, em torno de um ambiente institucional favorável, através de políticas públicas voltadas para o aumento da competitividade da indústria e da economia catarinenses.” Glauco Côrte, presidente da Fiesc, durante sessão na Alesc para o lançamento da Agenda Legislativa da Indústria de 2018.

 

Começar pela base

Pré-candidato ao governo pelo MDB, o deputado federal Mauro Mariani tem defendido que Santa Catarina invista mais no ensino médio integral e profissionalizante. Ele visitou o Campus do IFSC de Joinville e manifestou apoio no projeto de construir uma nova unidade no município, buscando investimentos federais.

Segundo ele, os números do ensino médio no Estado preocupam, pois são mais de 100 mil jovens fora da sala de aula e uma alta taxa de reprovação.

Sair da versão mobile