Seguem repercutindo as declarações recentes do titular da Fazenda de Santa Catarina, Paulo Eli. A mais bombástica foi a afirmação de que o estado não precisa disponibilizar o auxílio emergencial pois, de acordo com a percepção dele, vivemos situação de pleno emprego.
Se olharmos para a indústria e boa parte do comércio, estamos numa situação absolutamente privilegiada.
Só que faltou, ao czar da economia Barriga-Verde, ungido a esta condição em 2018 pelas mão de Eduardo Moreira e depois preservado no posto com a ascensão de Moisés da Silva, lembrar do setor de turismo e eventos, assim como comerciantes da área de bares e restaurantes.
Oras. Há pleno emprego quando o assunto é formal. Só que a informalidade só faz crescer em várias atividades. Está tudo tranquilo com as pessoas destas áreas, além de microempreendedores e os informais, secretário? Obviamente que não. O desemprego ataca sem dó nem piedade e as possibilidades de atuação de ambulantes, feirantes, garçons, etc, são restritas dia sim e outro também.
Angústia
O titular da Fazenda precisa ter sobriedade, sensibilidade e calibrar bem suas declarações.
Uma fala estapafúrdia como essa só gera revolta e mais angústia entre cidadãos que já estão no seu limite.
Calado é um poeta
Ah, mas o ICMS está batendo recordes. Verdade, mas e o crédito? Segue restrito, de muito difícil acesso. Não se vê a facilitação ou a criação de novas linhas para atender a população que está ao desabrigo neste quadro social delicadíssimo. Definitivamente, Paulo Eli perdeu uma belíssima oportunidade de ficar calado.