O faturamento de Santa Catarina com as exportações de carne suína neste ano já supera a marca de 2018. De janeiro a outubro, o estado embarcou 330,5 mil toneladas do produto, gerando receitas de US$ 670,4 milhões – 2,5% a mais do que o valor total exportado no ano anterior. Santa Catarina segue como maior produtor e exportador de carne suína do Brasil, respondendo por 57% de toda a exportação nacional.
Grande parte das exportações catarinenses tem como destino abastecer o mercado chinês. China e Hong Kong concentram 57,8% de todo faturamento catarinense com os embarques de carne suína e as expectativas são que esse valor aumente ainda mais nos próximos meses. Segundo o analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Alexandre Giehl, a China deve continuar aumentando suas importações de proteínas de origem animal, em função da drástica redução no rebanho suíno causada pelo surto de peste suína africana que o país atravessa.
“Serão necessários alguns anos para que a China atinja novamente os níveis de produção que o país apresentava até 2018. Neste cenário, o Brasil, e em especial Santa Catarina, possui condições de atender parte dessa demanda adicional, tendo em vista a competitividade dos seus produtos e as boas condições sanitárias da produção animal”, explica.
Desempenho em outubro
No mês de outubro, os catarinenses exportaram 31,4 mil toneladas de carne suína, gerando um faturamento de US$ 67,6 milhões. Mais uma vez a China foi o grande destaque: os embarques para o país trouxeram receitas de US$ 16,6 milhões, 117% a mais do que em outubro de 2018.
Mercados mais exigentes
Impressiona também o aumento das exportações para os mercados mais exigentes do mundo. No acumulado do ano, Santa Catarina ampliou em 215,9% as vendas para o Japão, em 42,3% para os Estados Unidos e em 497,5% os embarques para a Coreia do Sul.
O acesso a estes mercados se dá pela excelência sanitária conquistada por Santa Catarina. O estado é o único do Brasil reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
foto>Arquivo, Cidasc