Deputado federal Fábio Schiochet, presidente estadual do PSL, é um dos parlamentares mais fieis ao governo Bolsonaro entre os 56 listados num ranking de infidelidade da base aliada. Inclusive se comparado aos três de Santa Catarina e que votaram em Eduardo Bolsonaro para líder do partido na Câmara.
Pelo ranqueamento que está sendo divulgado (clique na imagem e amplie), o dirigente do PSL no estado aparece entre os cinco mais assíduos nos posicionamentos a favor dos interesses do Palácio do Planalto. Os números levam em consideração as votações deste primeiro ano da legislatura e da própria gestão federal.
Em que pesem as pressões, Fábio Schiochet continuará na proa partidária e seguirá votando junto com o governo, aliado ao presidente da República. Ele nem cogita a hipótese de renunciar à presidência estadual da sigla. Entende que a poeira vai baixar. A intenção do dirigente é reaglutinar tanto os seis deputados estaduais quanto os quatro federais em torno de Jair Bolsonaro e de Moisés da Silva, que se elegeram no mesmo movimento.
Schiochet aposta nesse refluxo até pensando em 2020, no sentido de que o PSL possa fazer bons resultados nas eleições municipais. O deputado percorre o estado e trabalha sob esta perspectiva de pacificação e unificação partidária.
MODUS OPERANDI
A opinião do blog sobre a destituição do deputado delegado Waldir da liderança na Câmara: faltavam apenas dois meses para ele cumprir seu período nesta função. Poderiam ter deixado ele concluir o mandato para efetivar a troca por Eduardo Bolsonaro. Se havia pressa, como houve, Bolsonaro poderia ter chamado a bancada e colocado as cartas na mesa, pedindo para delegado Waldir abrir mão em favor do filho. Não fizeram e a bronca se estabeleceu, com reflexos no Congresso, nos estados, na política e na economia. Tudo isso poderia ter sido evitado, mas o modus operandi do presidente e aliados não foi o mais assertivo.