O presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, definiu nesta sexta-feira (24) com o presidente do WTTC (Conselho Mundial de Turismo e Viagens, na sigla em inglês), David Scowsill, uma agenda em que tanto a entidade, que reúne as principais empresas mundiais do setor, quanto a OMT (Organização Mundial do Turismo) possam oferecer mais apoio e sugestões para ajudar o desenvolvimento do turismo internacional para o Brasil. O ponto alto deverá ser em abril quando Scowsill e o presidente da OMT, Taleb Farid deverão ter um encontro com o presidente Michel Temer.
“O governo acaba de mostrar que a confiança no país está voltando, que é hora de voltar a crescer. E nada mais indicado que o turismo para alavancar rapidamente essa retomada. Os exemplos claros e recentes de Espanha e Portugal nos mostram isso. Temos reformas no setor que estão para ser anunciadas pelo governo. Com apoio do governo e das principais entidades em nível mundial, o caminho fica mais tranquilo”, resumiu Lummertz num encontro no Rio de Janeiro com lideranças do trade turístico da cidade e o prefeito Marcelo Crivella.
O presidente do WTTC confirmou que a entidade poderá realizar o seu encontro anual no Rio, em 2018 ou 2019. “Temos que aproveitar a estrutura da cidade que foi desenvolvida para a realização de grandes eventos, como a Copa do Mundo da FIFA e os Jogos Olímpicos. A questão da segurança é importante, claro, mas é necessário combater a sensação de que não existe segurança. Tem a questão do excesso de burocracia para obter vistos de entrada. Existem vários entraves que podem ser superados, para que o Brasil passe a ter um fluxo turístico na sua direção do tamanho de suas potencialidades”, destacou Scowsill.
O prefeito Crivella também acredita que se forem derrubadas as barreiras, como a necessidade de visto de entrada para cidadãos americanos, o fluxo turístico internacional em direção ao Brasil, em especial, em direção ao Rio, vai aumentar. “O Rio de Janeiro é uma cidade vocacionada para o turismo. É a nossa principal atividade econômica hoje. Precisamos unir forças para enfrentar esses problemas e fazer com que o Rio supere essa coisa de cidade das balas perdidas e das favelas para voltar a ser a cidade maravilhosa”, desabafou Crivella.