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Empenho da indústria pela educação é reconhecido

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro (com a mão esquerda próxima ao queixo), se disse “satisfeito com o empenho da indústria de Santa Catarina em melhorar a educação”, referindo-se ao Movimento A Indústria pela Educação, criado pela Federação das Indústrias (FIESC). A declaração foi feita na manhã desta quinta-feira (23), no SENAI em Joinville, ao término de evento em que o presidente da FIESC, Glauco José Côrte (discursando), apresentou a iniciativa lançada em 2012. “Todos os movimentos que tenham uma base forte, que vêm das raízes, são importantes quando procuram o aprimoramento da educação”, destacou o ministro. Durante o evento foi instalada a Câmara do Movimento na região.

Renato Janine Ribeiro ressaltou os diversos projetos associados ao trabalho da FIESC. “Tem o foco sucessivo em temas importantes como o engajamento dos pais na questão da educação, a gestão escolar e a formação de professores. Não haverá boa educação sem valorização de professores e isso implica tanto a valorização salarial quanto a formação”, destacou.

Para o ministro, uma economia desenvolvida exige um “trabalhador inteligente, que não se limite a repetir tarefas
mecânicas, ao contrário do que se exigia no início da indústria, quando o trabalhador não passava de um acréscimo da máquina. Hoje ele tem que saber lidar, dar ordens à máquina e não apenas fazer algo que um robô poderia fazer no lugar dele”. Renato Janine Ribeiro destacou que a educação do trabalhador também deve considerar a formação de cidadão – para a democracia e para a vida pessoal.

Glauco José Côrte lembrou que o Movimento A Indústria pela Educação surgiu da constatação da baixa escolaridade dos profissionais do setor. “Verificamos que apenas 53% dos trabalhadores da indústria catarinense tinham ensino básico completo. Este dado nos impactou”, afirmou o presidente da FIESC, ressalvando que a situação não era de responsabilidade dos trabalhadores, mas de toda a sociedade, que ainda não tinha percebido a importância do investimento em educação.

Na visão da FIESC, conforme afirmou Côrte, o principal fator para a competitividade está relacionado à educação. “Em qualquer setor, mas principalmente na indústria, o trabalho se realiza por meio de equipamentos sofisticados, que requerem operadores com maior qualificação profissional”, salientou.

Na organização do Movimento, o presidente da FIESC citou as parcerias das diversas instituições que integram o Conselho de Governança, ressaltando a participação de representantes de trabalhadores. Côrte destacou ainda o papel das Câmaras Regionais, a exemplo da instalada em Joinville, que envolvem os mais diversos segmentos da sociedade em cada uma das 16 vice-presidências da Federação. Ele citou as realizações do Movimento, entre elas a realização de mais de 870 mil matrículas de 2012 a 2014 pelas entidades da FIESC e o alcance de 2,2 mil adesões. Destacou as metas de ampliar o índice de trabalhadores com escolaridade básica – dos atuais 55% para 63% até 2017 e para 100% até 2024 – e de incluir outros setores no Movimento, a começar pelo comércio. Ressaltou as campanhas Pais pela Educação (2014), Conexão Jovem (2015), gestão educacional (2016) e professores (2017), todas elas comentadas posteriormente por Renato Janine Ribeiro.

Ao falar sobre a iniciativa de envolver os pais, Janine Ribeiro citou o exemplo que viveu em casa, quando teve que ajudar os filhos com trabalhos escolares. “Temos que ser modestos e reconhecer que os filhos muitas vezes sabem mais do que os pais”, declarou.

Assim como o ministro, o secretário estadual de Educação, Eduardo Deschamps, enalteceu a iniciativa de envolvimento familiar. Ele entende que levar as famílias para a escola é uma forma de fazer com que a sociedade coloque a educação como uma prioridade efetiva. “A comunidade tem que abraçar a escola. Não dá mais para a comunidade considerar a escola como uma estrutura pública qualquer. Não dá para a comunidade depredar a escola”, salientou. Assim, ele justificou a imediata aceitação pelo governo estadual da proposta da FIESC de criação do Dia da Família na Escola – sempre no último domingo de abril.

O prefeito Udo Döhler destacou a percepção do presidente da Federação das Indústrias pela defesa da causa da educação. “Não seria estranho se estivéssemos aqui num evento da FIESC reunidos com o ministro do Desenvolvimento, tratando da indústria pela manufatura; mas estamos com o ministro da Educação”, afirmou, ao destacar que “tudo começa pela educação” e que esta contribuição do setor é pioneira no País e será replicada.

Na foto, da E para a D: prefeito Udo Döhler, Glauco Côrte, Janine Ribeiro e o secretário de Educação, Eduardo Deschamps.

Foto: Fiesc,divulgação

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