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Empreendedorismo por necessidade em tempos de crise

Mesmo que a passos lentos, o país vem saindo da fase mais aguda da crise. De acordo com os dados de agosto do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego fechou o segundo trimestre do ano com retração em 11 Estados. Este resultado ainda está longe do que gostaríamos, mas já é um alívio após três anos de crise. O destaque é para Santa Catarina, com queda de 0,4% em relação ao último trimestre, mantendo-se como o Estado com menor taxa de desemprego, em 7,5%.

Na contramão do desemprego, o trabalho por conta própria tem sido uma alternativa. A modalidade avançou 1,8% no último trimestre, mostrando que novos empreendedores têm surgido da necessidade. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mais de 10 milhões de empresas foram criadas por esta motivação nos últimos anos no país.

O problema é que nem todos estão preparados para tal empreitada. Sem o planejamento adequado, experiência, gestão e inovação, muitas dessas empresas tendem a fechar em pouco tempo. Para que o empreendedor novato se prepare aos novos desafios, é necessário que ele estude a área de atuação e suas aptidões, para então se encaixar às tendências do mercado. O caminho é olhar para o próprio negócio, identificar os pontos fortes e fracos, ouvir os clientes e buscar motivação e soluções criativas para os problemas dos quais se tem controle.

Empreender não é fácil, exige comprometimento, disciplina e, sobretudo, confiança. É preciso acreditar, ter disposição e aprender a agir como empreendedor. Como disse o pai da Teoria da Administração, Peter Drucker, “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. A visão precisa ser positiva, inspiradora e desafiadora para ter o poder de moldar o futuro de um empreendedor.

 

Carlos Chiodini, Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina

 

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