Principal praia de Governador Celso Ramos atrai investidores e moradores que desejam proximidade com a natureza, tranquilidade e infraestrutura
A cidade de Governador Celso Ramos, com pouco mais de 14 mil habitantes e distante apenas 30 quilômetros de Florianópolis, vem atraindo investidores e moradores em busca de belezas naturais e tranquilidade. Com natureza exuberante, a cidade abriga a área de proteção ambiental de Anhatomirim e a Reserva Marinha Biológica do Arvoredo. Além disso, oferece infraestrutura, facilidade de acesso, segurança e tranquilidade. Não por acaso, terrenos e apartamentos registram valorização exponencial nos últimos anos.
Localizado em Palmas, a principal praia de Governador Celso Ramos, o loteamento Palmas do Arvoredo é um exemplo desse fenômeno. Nas últimas duas décadas, o empreendimento teve terrenos com valorização acumulada de 4 mil por cento. Parte disso se explica pelo modelo do loteamento. Para evitar o crescimento acelerado e desordenado, os empreendedores planejaram o ritmo de ocupação, com a venda programada de imóveis a cada ano, e limitaram o uso do solo, com a manutenção de oito áreas de preservação da Mata Atlântica.
Contribuiu para a valorização também o fato de o empreendimento ter sido planejado desde o lançamento, há 25 anos. O urbanismo, todo definido pelo arquiteto Sérgio Sclovsky, inclui ruas largas, áreas de estacionamento, passarelas para acesso à praia e boulevard. “Há ainda uma estrutura urbana, com opções de comércio e serviços, em uma área próxima à natureza. A junção de todos esses diferenciais é essencial para garantir qualidade de vida aos moradores”, diz Eduardo Schulman, diretor da Palmar Empreendimentos. Ele destaca ainda a existência de um sistema próprio de coleta e tratamento de todo o esgoto produzido no empreendimento.
Nos últimos dois anos, a pandemia mudou um pouco o perfil de quem investe na região. Se antes a maioria buscava um imóvel de veraneio, agora cresce a procura por moradia. “Percebemos uma mudança no perfil das próprias construções. Os compradores passaram a exigir itens que antes não eram tão importantes, como tubulação para água quente, elevadores, piscina aquecida, energia fotovoltaica, entre outros”, observa Leila Martini, que comercializa imóveis na região há mais de duas décadas.
O empresário Thiago Muller, diretor da Construtora MTF, acompanha de perto a história recente de Palmas do Arvoredo e também percebe que a localidade é cada vez mais procurada por pessoas que buscam opções para todo o ano. A empresa lançou o primeiro edifício na praia em 2011. Desde então já entregou sete empreendimentos – e prepara o lançamento do oitavo para fevereiro. O projeto é planejado para atender pessoas que pretendem morar na praia ou usufruir do apartamento ao longo do ano – não apenas no verão – e vai oferecer diversas opções de lazer e espaços de convivência. “As pessoas querem permanecer mais tempo na praia e aproveitar o verão e também as outras estações do ano. Então é preciso ter opções para dias quentes, frios, de sol ou de chuva”.
Projeto antecipou conceitos que ganharam força décadas depois
No início dos anos 90 o Brasil sediou a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92, evento que reuniu chefes de estado e cientistas de todo o mundo e colocou a preservação da natureza em destaque da agenda das discussões globais. Na época, ainda eram poucos os empresários que compreendiam a necessidade de o homem buscar meios de conciliar avanços econômicos e preservação do meio ambiente, ideia que ganhou importância a partir dos anos 2000 e hoje é parte da estratégia de grandes corporações mundo afora.
Os empresários Augusto Prolik e Mário Petrelli perceberam ainda em 1996 a importância dessa ideia. Em um terreno de 800 mil metros quadrados, ladeado por montanhas e diante de uma praia de areia e água limpas, optaram por um empreendimento com soluções para garantir o melhor uso do espaço urbano e com infraestrutura para preservar o meio ambiente. Em vez da ocupação máxima do solo, o projeto incluiu ruas largas e arborizadas, manteve áreas de mata intocada e organizou a distribuição de casas, imóveis comerciais e prédios residenciais da melhor forma para garantir desenvolvimento com qualidade de vida.
Passarelas foram construídas para possibilitar que o turista ou morador chegasse à praia sem caminhar pela restinga. E, mais importante, foi implantado um sistema de tratamento de esgotos capaz de atender toda a demanda local.
“Temos muito a comemorar quando pensamos nos 25 anos desde a implantação do Palmas do Arvoredo. Não é sempre que um projeto dessa envergadura nasce tão alinhado a conceitos modernos e essenciais, como o de desenvolvimento sustentável, e preserva essas características ao longo dos anos”, diz a empresária Luciana Petrelli.