O diretor-presidente da Hemmer, empresa do ramo alimentício com sede em Blumenau, Ericsson Luef, examina a possibilidade de deixar o MDB e filiar-se ao PSD. Ele milita no Manda Brasa há 20 anos, mas avalia com muito carinho se a sigla de Gelson Merisio não seria o melhor caminho para viabilizar seu projeto eleitoral. Ele concorrerá a deputado federal. Muito embora Luef tenha disso convidado por praticamente todas as siglas partidárias, menos as de esquerda, por motivos óbvios, hoje a tendência dele é escolher o PSD. Na quarta-feira, Gelson Merisio, presidente dos pessedistas, foi a Blumenau reforçar o convite ao empresário. O assunto vai se encaminhando bem, mas o blumenauense ainda fará uma conversa com Mauro Mariani, presidente estadual do MDB, antes de sentar novamente com Merisio. A decisão será anunciada na semana que vem, antes do prazo fatal de 7 de abril para candidatos definirem as respectivas filiações partidárias.
Na região de Blumenau, uma vez alistado nas fileiras do PSD, Ericsson poderia fazer dobradinha com três estaduais fortes: os deputados Ismael dos Santos e Jean Kuhlmann (Blumenau) e Milton Hobus (Rio do Sul). Ao passo que no Manda Brasa, Ericsson não teria perspectiva de candidaturas com consistência a deputado pelo MDB do Médio Vale do Itajaí.
SOLA DE SAPATO
Empresário bem sucedido, gestor consagrado, Ericsson Luef está percorrendo o Estado desde o ano passado. Visitou 280 dos 295 municípios de Santa Catarina. Já foi de Praia Grande, extremo Sul,a Dionísio Cerqueira, na fronteira com a Argentina. Tem um projeto eleitoral muito bem consolidado. Ele considera que o perfil empresarial é uma grande alavanca para a viabilidade do seu nome, em um cenário de brutal desgaste da classe política.
Nesta semana, Ericsson recebeu mais uma importante manifestação de apoio do empresário Ayres Marchetti, da região de Ibirama. Durante encontro com o grupo do ex-prefeito da cidade do Alto Vale, Marchetti deixou muito claro que o apoio é para ele, Ericsson, independentemente do partido em que ele estiver. O que reforça as chances de o empresário assinar no PSD. Outro fator que motiva Ericsson a avaliar seriamente o desembarque do MDB é o governo Michel Temer, do qual ele discorda profundamente.