Clique aqui e veja no Flickr da FIESC a cobertura fotográfica Florianópolis, 19.7.2018 – O setor empresarial de Santa Catarina entregou à pré-candidata à presidência da República, Marina Silva, documento com seis demandas do Estado que contemplam as prioridades nas áreas de infraestrutura, logística e energia. Ela participou de encontro com representantes do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM), na manhã desta quinta-feira (19), na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), em Florianópolis. Clique aqui e veja a íntegra do documento com as propostas. O presidente em exercício da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, salientou que Santa Catarina tem grande importância para a economia brasileira, mas não tem sido contemplada com recursos do governo federal. “Não queremos nenhuma vantagem. Queremos condições para crescer. Sempre que o Estado recebe investimentos dá uma reposta rápida e representativa em termos de retorno ao governo. Pretendemos ter uma economia forte e sustentável”, disse, lembrando que a indústria tem uma participação relevante na composição do PIB catarinense. Ele lembrou que o Estado é o primeiro na produção de suínos e o segundo em aves, com as carnes representando cerca de 30% das exportações do Estado. Contudo, alertou que Santa Catarina corre o risco de perder essa colocação por conta das deficiências em infraestrutura. “O Estado é muito focado no modal rodoviário e a própria greve dos caminhoneiros mostrou isso. É um erro estratégico. Já tivemos uma malha ferroviária maior do que temos hoje”, lembrou, ressaltando que as más condições das estradas afetam a capacidade de transporte dos produtos fabricados pela indústria de forma geral, mas, sobretudo, pelas agroindústrias, que enfrentam entraves para escoar a produção para os mercados consumidores e para receber os insumos, como o milho, que abastece as granjas. Aguiar também defendeu a reforma tributária e lembrou que em recente participação no Encontro Nacional da Indústria, em Brasília, Marina reconheceu a dificuldade de reduzir a carga tributária pelo tamanho do Estado. “Mas o que o setor produtivo defende é a simplificação. Há um trabalho oneroso ao setor produtivo para atender a complexa legislação”, ressaltou. Marina informou que os economistas de sua equipe estão trabalhando nas diretrizes gerais do seu plano de governo, mas adiantou que sem a reforma da previdência não se resolve o problema do déficit público. Quanto à reforma tributária, ela declarou que o objetivo é buscar simplificação, impessoalidade para acabar com a guerra fiscal, e a não regressividade. “Vamos trabalhar também com o princípio da descentralização. Hoje a maioria dos municípios vive de mesada do governo federal. Estamos trabalhando numa proposta de simplificação de impostos juntando os cinco tributos mais complexos para ajustar aquilo que é uma demanda de todos”, afirmou. O documento entregue à candidata destaca o planejamento e investimentos visando à intermodalidade e à eficiência logística, diversificando a matriz de transportes e considerando a cabotagem e os projetos ferroviários, o fortalecimento do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), a articulação para garantir recursos para investimentos rodoviários federais, investimentos para a melhoria dos portos catarinenses, reforço nos investimentos do programa de incentivo à aviação regional do governo federal, além de alternativas ao fornecimento e transporte de gás natural para a região Sul. O COFEM é integrado pelas federações empresariais da indústria (FIESC), comércio (FECOMÉRCIO), Agricultura (FAESC), Transportes (Fetrancesc), das Associações Empresariais (FACISC), das CDLs (FCDL) e das micro e pequenas empresas (Fampesc). SEM POLARIZAÇÃO Na FIESC estiveram reunidos o presidente eleito da federação das indústrias, Mário César de Aguiar, que tomará posse em agosto, o vice-presidente regional, Tito Alfredo Schmidt, e ainda representantes do SESI, FACISC, FETRANCESC e FCDL. Após acompanhar dados da economia estadual, Marina Silva fez um discurso sobre desenvolvimento sustentável, destacando que o mundo busca um novo ciclo de prosperidade, com a criatividade e a inovação superando modelos ultrapassados de desenvolvimento. A pré-candidata criticou a polarização de ideias que domina o cenário político nacional, destacando conquistas passadas de partidos que não foram capazes de buscar em conjunto um entendimento em benefício do desenvolvimento nacional. Falou sobre reforma tributária e bases de crescimento econômico. Sobre a reforma trabalhista, Marina Silva destacou que é preciso corrigir pontos que criam insegurança jurídica e deu como exemplo a questão da mulher grávida, que não é protegida de atividades de risco ou insalubres. Marina afirmou que a Reforma Previdenciária é necessária, mas deve ser discutida com todos os setores e por um governante com credibilidade. No período da noite, representantes de movimentos sociais e lideranças setoriais tiveram um encontro com Marina Silva no Hotel Majestic. ALIANÇAS PARA 2018 A REDE SC também promoveu no dia 18 uma reunião da presidenciável com filiados e pré-candidatos da Rede Sustentabilidade em Santa Catarina. No encontro, Marina Silva voltou a falar sobre as eleições. “Não vamos colocar o Centrão na base do poder,” falou. “Vamos fazer alianças com 200 milhões de brasileiros”, afirmou. Nesta sexta-feira, dia 20, às 19h, ocorre a convenção estadual da REDE Sustentabilidade SC.
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