Pessimismo total
É uma lástima a composição da nova equipe de governo. Lula da Silva tem demonstrado que está completamente fora de foco. O desatino é total. Absoluto. Supremo.
Esse ministério escolhido até aqui não passa de uma grande improvisação. Retomando, claro, aquela característica de loteamento da esplanada. Novidade zero. É uma prática tipicamente petista.
Os nomes não são escolhidos de acordo com a familiaridade do titular com a área afim. É simplesmente uma distribuição de cargos, um fatiamento da máquina estatal.
O MDB quer três cadeiras, o PSB quer duas, o outro partido quer tanto e por aí vai.
Tanto é verdade que Simone Tebet estava mapeada para o segmento social do governo vermelho. A emedebista foi barrada pelo PT. O senador Wellington Dias vai assumir. Ato contínuo, ofertaram a ela o Ministério do Meio Ambiente, mas a possibilidade também bateu na trave. Marina Silva é quem ocupará este espaço. Ela, na verdade, vai retornar ao cargo.
Como assim?
Simone Tebet, registre-se, não é ambientalista e nem tem afinidade com o serviço social. Acabará no Ministério do Planejamento, que também não está em seu currículo. Tebet não é economista. É formada em Direito e é professora.
Chutando o balde
Esses “detalhes” pouco importam para Lula e seus camaradas. Eles querem a maioria no Congresso à base do toma-lá-dá-cá. A sede de voltar à cena é inigualável. Nunca antes vista na história deste país.
Vantagem curricular
O contraste com o anúncio dos ministros de Jair Bolsonaro, em 2018, é escandaloso. O colegiado do atual presidente causou grande repercussão. Positiva e internacionalmente naqueles dias, com Paulo Guedes na Economia, Sérgio Moro na Justiça e Tereza Cristina na Agricultura. Nem precisamos citar mais nomes.
Fora dessa
Hoje, os segmentos produtivos e do mercado financeiro recusam-se a participar deste catadão canhoto que assumirá o país, recheado de nomes com processos, condenações e ações judiciais de toda ordem.
Dupla
Os economistas André Lara Rezende e Pérsio Arida, que integraram a transição pelas mãos de Geraldo Alckmin, os dois recusaram o Ministério do Planejamento. Por isso a pasta acabou sobrando para Simone Tebet. A senadora está concluindo o mandato. Sua cadeira no Senado ficou com Tereza Cristina.
Migalhas
Ou seja, a emedebista ficou na estrada e acabaria aceitando qualquer coisa que lhe oferecessem, essa que é a grande verdade.
Eu, não!
Neste contexto, empresários também estão batendo em retirada. Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas, filho de José Alencar, que foi vice do guru petista em seus dois primeiros mandatos, também recusou o Ministério da Indústria e Comércio. Um segundo empresário também declinou do convite do ex-mito.
Pega aí
O que forçou Lula da Silva a acomodar ali Geraldo Alckmin, o vice que saiu das urnas. A desconfiança do empresariado é brutal. O canhoto-mor deste país está mais perdido do que cego em tiroteio. A composição está toda atravessada. Entregar a pasta dos Transportes para Renan Filho é de chorar dormindo.
Perseguição
A última bravata inacreditável dele foi a de que depois de derrotar Bolsonaro nas urnas (será que foi assim mesmo? Há questionamentos, o Código Fonte ainda não foi entregue) agora é preciso derrotar os bolsonaristas nas ruas!
