Topázio Silveira Neto, prefeito reeleito de Florianópolis, até pouco tempo atrás era um empresário, bem-sucedido, que resolveu ingressar na política para implementar, na vida pública, a experiência da iniciativa privada.
E sem aquelas amarras bem próprias do poder público: questões políticas, cargos, favorecimentos, benesses e tudo mais.
Ok, enquanto ele estava no PSD exercendo o mandato, antes mesmo da recondução, tudo caminhava às mil maravilhas. Topázio era elogiado por seus correligionários e também por aquele secto de figuras da mídia que fazem parte de toda uma engrenagem pessedista.
Mas foi só se o prefeito se aproximar de Jorginho Mello e o governador indicar a vice na chapa dele, somada à declaração do prefeito, de que apoia a recondução do governador em 2026, para as coisas mudarem. Automaticamente, Topázio passou a não prestar para determinadas figuras e jornalistas.
Antes mesmo de assumir o segundo mandato, o alcaide começou a receber uma verdadeira saraivada de críticas, ataques, questionamentos, todos patrocinados pela cúpula pessedista. Claramente tentando desestabilizá-lo. Afinal, estamos falando do prefeito de Florianópolis, reeleito com quase 60% dos votos. É a Capital do Estado.
Ou seja, ele ganhou musculatura, desenvoltura, passou a ser uma referência.
Tanto é que, recentemente, em várias entrevistas de Gilberto Kassab, o chefão do PSD citou algumas das grandes lideranças do partido. Nominou Ratinho Júnior, Eduardo Paes, e incluiu Topázio Silveira Neto.
Isso também criou uma ciumeira, ainda mais que o prefeito reeleito de Chapecó, João Rodrigues, antes mesmo da recondução, já se lançou como candidato ao governo do Estado.
Só que não tem o apoio do prefeito da Capital, seu correligionário, o próprio Topázio Silveira Neto, que já está comprometido com o Jorginho Mello
Subindo de patamar, aliás, Topázio vai gestionar, junto ao PSD catarinense, tentando atrair prefeitos para esse projeto de reeleição do governador e não para a pré-candidatura de João Rodrigues.
Este, aliás, se reelegeu sim, e muito bem, em Chapecó, capital do Oeste catarinense. Mas, lá na região Rodrigues não elegeu nenhum correligionário para os grandes municípios.
O município com maior eleitorado que elegeu um prefeito PSD foi Capinzal. Significa que Campos Novos, Caçador, Concórdia, Joaçaba, São Miguel do Oeste e Xanxerê, por exemplo, não estão na área de influência de João Rodrigues.
Ele não tem prestígio sequer em seu quintal. E não tem visibilidade estadual. Essa queda-de-braço promete, e promete muito. E, de alguma maneira enfraquece o partido, porque já tem duas correntes dentro do PSD estadual.
É um contexto que deixa muito claro que Topázio Silveira Neto pode fazer a diferença e atrapalhar os planos da cúpula PSD quando se olha para 2026.
foto>arquivo, divulgação