A primeira sessão ordinária do projeto Alesc Itinerante teve início na tarde desta terça-feira (26) com o espaço destinado a entidades comunitárias, empresariais, abrangendo setores como educação, saúde, agricultura, comércio e indústria.
O prefeito em exercício de Chapecó, Itamar Antônio Agnoletto, deu as boas vindas aos parlamentares e listou pautas importantes para o desenvolvimento da região. “Na infraestrutura há o grito pelas BRs 282, 283 e 480, as SCs 283 e 284, a luta dos prefeitos pela rede trifásica para os agricultores, a luta pela água e outras questões para melhorar a qualidade de vida do nosso povo.”
Agnoletto informou que o governador Jorginho Mello confirmou Chapecó como sede dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) em 2925. “Aproveito para agradecer o empenho da Bancada do Oeste, que direcionou R$ 5 milhões em emendas parlamentares para a construção da pista de atletismo para os Jogos. Teremos uma das melhores pistas do Brasil.”
Sindileite
O dirigente do Sindileite de Pinhalzinho, Selvino Giesel, pediu o compromisso para os próximos anos da Assembleia Legislativa e do governo do Estado para que os produtores de Santa Catarina tenham tratamento tributário igual aos outros estados do país.
“Atualmente há uma desvantagem tributária em relação ao Paraná e ao Rio Grande do Sul, já que Santa Catarina paga R$ 300 milhões a mais de tributos, um total de R$ 3 bilhões ao ano.”
Movimento das Mulheres Camponesas
Justina Cima, de Quilombo, reivindicou condições dignas de trabalho no campo, melhor representação da mulher na sociedade, questões de saúde e a importância dos quintais produtivos como espaço pedagógico de discussão dos seus problemas.
“Os quintais produtivos não são dedicados apenas à produção de alimentos, pois também servem para criação de animais e cultivo de plantas medicinais. Queremos políticas públicas em Santa Catarina como um orçamento para a logística e feira da produção excedente das mulheres camponesas.”
Turismo
Caminhos da Fronteira, Vale das Águas e Destino Cervejeiro foram alguns dos roteiros turísticos apresentados por dirigentes da região. Eles definiram como um dos desafios do setor a conquista de uma cadeira no Conselho Estadual de Turismo.
Também foram citados roteiros como o Cicloturismo do Velho Oeste, coordenado pela Udesc e que abrange 297 km em 13 municípios, assim como a implantação da Rota Sul, no Extremo Oeste, marcada para o próximo sábado (30), um turismo de contemplação do rio Uruguai que conta com 260 km.
Celesc
O gerente de Distribuição da Celesc, Claudio Varella, apresentou os investimentos na região na ordem de R$ 4,5 bilhões de 2023-2026. Citou, entre outros, o corredor elétrico da região de Chapecó, a subestação de Aberlardo Luz, concluída este ano, e outros números de melhorias na rede de energia em municípios como Concórdia, Joaçaba, Videira e Caçador.
Hospital Regional do Oeste
Mauro Damo é presidente executivo da Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira, entidade que administra o Hospital Regional de Chapecó, considerado referência em alta complexidade para a população do Oeste. A instituição atende mais de 130 municípios e beneficia cerca de 1,5 milhão de pessoas nas regiões Meio-Oeste, Oeste e Extremo-Oeste de Santa Catarina. O hospital público conta com 306 leitos, sendo que 252 são disponibilizados pelo SUS.
Damo apresentou números que demonstram um incremento no atendimento da instituição após a implantação de algumas melhorias em 2024. Os dados apontam que entre fevereiro e outubro deste ano houve um crescimento de 15% de todos os procedimentos, entre cirurgias eletivas, pronto-atendimento e o aumento de 44% no número de cirurgias. Também comemorou a recente entrega da UTI pediátrica. Ao finalizar, o presidente agradeceu parlamentares da Alesc pela destinação de emendas ao hospital.
Universidade Federal Fronteira Sul
O reitor da Universidade Federal Fronteira Sul, campus Chapecó, João Alfredo Braida, fez uma breve apresentação sobre a estrutura da instituição, que dispõe de 13 prédios construídos e mais de 600 colaboradores. A Universidade já diplomou mais de 2.500 estudantes em diversas áreas e a partir de 2025, o campus contará com 15 cursos de graduação, 9 mestrados e 2 doutorados.
“Peço apoio político desta Casa para novos projetos que temos para nossa instituição. Estamos trabalhando na perspectiva pela implantação de um hospital universitário em Chapecó para complementar estruturas de saúde da cidade. Isso permitirá à universidade formar um centro de excelência em formação profissional na área da saúde”.
O reitor também pediu apoio para a expansão da Universidade para os municípios de São Miguel do Oeste e Concórdia.
Sistema Cooperativista Catarinense Aurora
O presidente da Aurora Alimentos, Neivor Canton, destacou que a cooperativa é uma sociedade de 14 cooperativas singulares que pela dificuldade de viabilizar seus projetos individualmente se juntam e sob uma única marca, emplacam com mais facilidade no mercado. “Esta é uma forma de levar os 86 mil produtores rurais que estão nas bases das cooperativas a serem agentes participativos do mercado.”
Com 55 anos, a Aurora Coop está presente em mais de 120 pontos de venda no Brasil e em mais de 80 países, exportando cerca de 40% de toda a produção de suínos e aves, consolidando-se como a maior exportadora de suínos do Brasil.
Segundo Canton, a Aurora é uma das 250 cooperativas do sistema cooperativo catarinense. O estado é recordista brasileiro, com mais de 4 milhões de cooperativistas. Em 2023, o sistema catarinense faturou R$ 85 bilhões e gerou tributos da ordem de R$4 bi.
“Agradecemos a Assembleia Legislativa que ao longo dos anos foi uma fiel aliada do sistema cooperativo, propiciando oportunidades de crescimento para o setor”.
Conselho das Entidades Empresariais
O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc), Dagnor Schneider, de Concórdia, destacou que o setor de transporte de cargas em Santa Catarina representa 13 sindicatos, mais de 20 mil empresas de transporte de cargas e tem a maior frota de caminhões frigorificados do país e a 5ª maior frota de caminhões.
Sobre a malha rodoviária brasileira, ressaltou que o estado tem a menor malha pavimentada do Brasil e 79,5% das rodovias federais são de pistas simples. “Se nosso estado tivesse a mesma malha pavimentada que o estado do Paraná, proporcionalmente ao seu território, nós deveríamos ter mais 2 mil quilômetros pavimentados”.
Segundo ele, o estado também tem cinco dos piores trechos em termos de acidentes nas rodovias brasileiras. “Precisamos de planejamento de infraestrutura de forma estratégica e contínua a curto, médio e longo prazos. Ações emergenciais, como as obras da BR-153, a duplicação da BR- 282 entre Chapecó e Irani e investimentos recorrentes, sistemáticos na manutenção e ampliação da nossa malha”, finalizou.
