Ralf Guimarães Zimmer Junior. Candidato ao governo do Estado em 2022 pelo PROS (Partido Republicano da Ordem Social)
O termo liberdade já é por si só poroso e afeito a distorções ao sabor de cada um.
O famoso adágio que nossa liberdade termina onde começa à do outro [e o inferno reside no outro, já dizia Satre…] bem demonstra o enrosco do que é ser livre num mundo em que há o dito “o outro”, cujo espectro de liberdade por vezes quer invadir a nossa. Seja o cônjuge, o vizinho, o colega de trabalho ou o Estado.
O negócio bilionário nas redes sociais, impulsionado por notícias extraordinárias, pouco importa para fins de lucros se falsas e verdadeiras.
No entanto, um Ministério da Verdade, como antevia George Orwell, em sua obra futuristica para os anos 60, denominada 1984, em que incumbiria ao Estado nos vigiar e carimbar o que seria não verdade também não nos parece saída crivel para a celeuma.
Poder tudo sob o pretenso abrigo da liberdade de expressão, como acusar falsa e sistematicamente alguém para desmontar sua boa fama, também não parece justo para quem refletir por 5 segundos.
Entre o alcance, o justo ou injusto, o censurável legitimamente ou não, há que se preservar a linha segura do humor e das artes.
Os próprios crimes contra a honra não se perfectibilizam quando esbarram no chamado “animus jocandi”. Expressão latina que significa intenção de brincar, de fazer piada.
Cantar, pintar, publicar ficções, enfim, expressões artísticas devem sobreviver independentemente dos limites que se dê ou não às redes sociais.
Portanto, um alto lá aos governos, sejam de direitas ou de esquerdas, deixem o humor e às artes fluírem enquanto procuram debater/estabelecer limites à “liberdade de expressão”.