Coluna do dia

Equipe é técnica sem perder laços com a política

Equipe é técnica sem perder laços com a política

A semana começou com atividades intensas do governador eleito, Jorginho Mello. Ele despediu-se do Senado, mas não renunciou ao mandato na Câmara Alta. Continuará como senador até 1ᵒ de janeiro, quando ele assumirá o governo do Estado.
Em seu lugar, assumirá Ivete Appel da Silveira, viúva de Luiz Henrique da Silveira. Ontem, Jorginho anunciou os primeiros nomes do secretariado. São 11 titulares de pastas do primeiro escalão.
A coluna evitou entrar em ondas especulatórias, embora alguns nomes fossem óbvios como o da deputada Carmen Zanotto para a Saúde e o do professor Aristides Cimadon na Educação.
A primeira leva de nomes é eminentemente técnica. Alguns escolhidos, no entanto, mesclam este perfil com o aspecto político, casos da própria Carmen Zanotto; e de Valdir Colatto (Agricultura), ex-deputado. Os dois são profundos conhecedores das áreas que irão pilotar. Além do deputado coronel Armando (Defesa Civil), bolsonarista de carteirinha que não conquistou a reeleição. Ele também pode ser considerado um técnico na área por sua formação e carreira militar.

Proximidade

Como já era esperado, o novo governador também escalou nomes de sua inteira confiança para postos-chave. Casos de Danieli Pinheiro (Secretaria de Governo), Moisés Diersman (Administração) e Vânia Franco (Articulação Nacional).

Cofre

Para a Fazenda, Jorginho traz um nome técnico e respeitado nos meios políticos e empresariais a partir de Joinville, a cidade mais industrializada de Santa Catarina. Cleverson Siewert foi ligado a Luiz Henrique da Silveira e também prestou bons serviços na gestão de Raimundo Colombo.

Tripé

Para a Casa Militar o escolhido foi José Eduardo Vieira enquanto outro coronel, Aurélio Pelozatto comandará a PMSC. O advogado Márcio Vicari será o Procurador-Geral do Estado.

Chuvarada

Voltando à atuação parlamentar de Jorginho, o Fórum Parlamentar catarinense recebeu o ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, bem como o chefe nacional da Defesa Civil. A pauta, obviamente, foram os estragos provocados pela chuvarada em Santa Catarina.

Prejuízos

A busca é por recursos para mitigar os prejuízos. Moisés da Silva está na dele. Não entrou na articulação, pois a iniciativa foi do Fórum Parlamentar.
O atual governador não tem qualquer contato com Jorginho Mello. Sequer trocaram um telefonema.

Protocolo

Só vão se encontrar na transmissão do cargo, que será absolutamente protocolar. Moisés nunca foi afeito à política, não tem influência sobre os deputados federais e os senadores. Tampouco desfruta de qualquer desenvoltura em Brasília. Isso desde 2019, quando resolveu virar as costas para aquele que o elegeu, Jair Bolsonaro. O atual chefe do executivo tem dado o respaldo restrito à estrutura e aos recursos estaduais.

E lá?

Será uma semana decisiva. Não só no plano estadual como também no federal. Lula da Silva ainda não anunciou os primeiros futuros ministros como havia prometido.
Faltam pouco mais de 20 dias para a sua investidura. Aliás, na próxima segunda-feira, 12, está marcada a diplomação do petista.

Tensão

Em meio a tudo isso, observa-se movimentações intensas, não só na estrutura da União como nas casernas. Se efetivamente haverá alguma reação à indiferença absurda e vergonhosa da Justiça Eleitoral, que já foi muito respeitada e restou desmoralizada na gestão do trio Barroso, Fachin e Moraes, ainda não se sabe.

Sete chaves

O TSE não liberou o código fonte do sistema eleitoral, o que só aumenta a desconfiança sobre a lisura do processo.

Proibido questionar

O PL pediu a averiguação de 290 mil urnas. Como resposta, o partido foi acusado de litigância de má-fé, além da multa absurda de R$ 22, 9 milhões. Da lavra, claro, de Alexandre de Moraes.

Muito estranho

Porque não liberam o código, não fazem a averiguação? Porque Luiz Roberto Barroso foi para dentro do Congresso para inviabilizar o voto impresso no começo deste ano? Se o projeto tivesse sido aprovado, não estaríamos nessa discussão.
A parcialidade escandalosa da Justiça eleitoral fez com que o povo fosse às ruas questionar a postura capciosa e tendenciosa do órgão.

Sair da versão mobile