A passagem do governador, segunda-feira, pela Alesc, rendeu alguns momentos emblemáticos. Próximos boa parte do tempo estavam dois chefes de Poder, Moisés da Silva (Executivo) e Mauro de Nadal (Legislativo), mais o líder do governo na Alesc, deputado Zé Milton Scheffer, e o chefe da Casa Civil, Eron Giordani.
Uma imagem que simboliza a harmonia que hoje reina entre o governo e a base de apoio no Parlamento, que reúne em torno de 25 deputados estaduais. Quadro que tem as digitais de Giordani.
A grande verdade é que Moisés está governando com a Assembleia Legislativa. No segundo dia útil após o retorno, o governador foi ao Parlamento. Sua presença atraiu justamente 25 mandatários, muito embora alguns oposicionistas também tenham comparecido
Realidade diametralmente oposta à de 2019 até fins de 2020, quando o próprio Eron Giordani, então chefe de gabinete da presidência da Alesc, atuou nos bastidores para a aproximação entre o governador e o ex-presidente da Casa, Julio Garcia, ainda lá no primeiro afastamento de Moisés da Silva, definido no dia 27 de outubro do ano passado.
Foi o marco para a virada no relacionamento de Moisés com a Alesc.
Serviços prestados
Giordani transformou-se numa figura central no tabuleiro estadual. Começou a se destacar no primeiro mandato de João Rodrigues, em Chapecó, quando chefiou o gabinete do prefeito.
Também atuou como secretário da Casa Civil do ex-prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior. Por um período, esteve no grupo do ex-deputado Gelson Merisio, quando esse ainda era filiado ao (PSD). Optou por ficar com Julio Garcia (PSD), quando os dois, Merisio e Garcia, romperam relações.
Estrelato
No terceiro mandato do pessedista como presidente do Legislativo estadual, Eron Giordani pilotou o gabinete da Presidência da Casa, de onde foi catapultado para a Casa Civil de Moisés da Silva. Pediu exoneração assim que o governador foi afastado pela segunda vez, no fim de março deste ano e foi reconduzido ao cargo pelas mãos de Moisés.
Inevitável traçar um paralelo entre as atuações de Douglas Borba, que foi protagonista na primeira parte da gestão Moisés e que conduziu o governo para um lamaçal; e Eron Giordani, que segue na direção oposta, agregando, aproximando o governo não apenas do Parlamento, mas como também da iniciativa privada.
Búrigo do PL
Ex-prefeito de Criciúma, Márcio Búrigo, quando ainda estava alistado nas fileiras do PP, colocou o nome à disposição do partido no pleito de 2018 para o que fosse necessário. De composição majoritária a deputado estadual. Acabou preterido pelo comando pepista e submergiu da vida partidária. Em 2020, Búrigo, após muita insistência do senador Jorginho Mello, assinou ficha no PL e passou a coordenar a sigla no sul catarinense.
Números
Quando ele assumiu o PL, o partido agonizava na região. Dispunha de dois vice-prefeitos e nove vereadores. Hoje tem dois prefeitos, cinco vices e 39 vereadores, número que deve subir para 41 em breve.
Comitê
Nos próximos dias, Márcio Búrigo vai inaugurar seu escritório político no Sul. Ele é pré-candidato a deputado estadual, tem articulado incansavelmente, atuando em sintonia com o projeto de Jorginho Mello, pré-candidato a governador.