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Escoamento da produção pelo Paraná e preço do pedágio comprometem privatizações

Nesta quarta-feira, 29, ocorre em Brasília a última Audiência Pública em relação a duplicação de trechos das rodovias BR 476, BR 153, BR 282, BR 482 entre Paraná e Santa Catarina, por meio de concessão.

Para reforçar a posição da Federação Catarinense de Municípios – FECAM em relação ao concessionamento, o presidente da entidade, prefeito de Chapecó e também presidente da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina – AMOSC, José Caramori (foto), encaminhou um documento ao presidente da Audiência Pública, Leonardo Mesquita Cavalcanti, e para o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, Jorge Luiz Macedo Bastos, pedindo que seja considerada a sua manifestação verbal realizada na primeira audiência pública, dia 23 de julho, em Chapecó.

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O processo de concessionamento das rodovias é bem visto pelo presidente da FECAM, uma vez que este modelo apresenta resultados positivos para à sociedade frente a dificuldade do governo federal em manter a infraestrutura de transporte no país. No entanto, é importante que o debate sobre a proposta apresentada pelo governo federal seja aprofundado.

Isto porque o projeto contemplando a BR 153, embora necessário, não atende a realidade local e estadual de Santa Catarina. A FECAM acredita que é necessário incluir no projeto atual a totalidade da BR 282, a partir de São Miguel do Oeste até o entroncamento da BR 470, que é o caminho para escoar a produção agroindustrial da região oeste de Santa Catarina até os Portos Catarinenses. “Esse processo está propiciando que nossos produtos deixem de ter como destino o porto de Itajaí para seguir para o estado vizinho”, explica o presidente. “Isso faz com que o Estado e principalmente os Municípios percam receitas”, finaliza.

Outro ponto levantado é o valor alto da tarifa a ser cobrada nos pedágios. A proposta apresentada no documento é que sejam instaladas mais praças, diminuindo as distâncias e consequentemente a tarifa, para que ela possa ser absorvida mais facilmente pelo tráfego local e regional.

O documento ainda solicita a inclusão do trevo da BR 480, desde o trevo com a BR 282 até a divisa com o estado do Rio Grande do Sul, passando pelo município de Chapecó, via “Contorno Viário” e “Contorno Viário Oeste”. Dessa forma eles serão considerados federais, ficando a manutenção e ampliação sob responsabilidade da União.

Por fim, o presidente da FECAM se coloca à disposição para auxiliar na busca de entendimento e definições de um modelo que atenda aos anseios da sociedade catarinense.

Foto: Fecam, arquivo, divulgação

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