Não ingressamos sequer em 2025 e a eleição de 2026, de alcance nacional e estadual, já está na pauta. Vejam que antes mesmo das eleições municipais de 3 de outubro, João Rodrigues, que ainda não havia sido reeleito, embora desfrutando de um inabalável favoritismo, já se apresentava como pré-candidato ao governo, antes mesmo do governador Jorginho Mello, que é o natural, claro, pré-candidato à reeleição.
Aí já temos dois nomes. Nesse final de semana apareceu o terceiro, o deputado estadual Marcos Vieira, que não vai disputar um sexto mandato consecutivo à Assembleia e que coloca o seu nome à disposição. Pelo PSDB. Evidentemente pode estar fazendo isso buscando uma negociação.
Até porque o PSDB, que preside, está caindo pelas tabelas. Não só no Brasil, como em Santa Catarina. Aqui no Estado, a partir de 1º de janeiro, o partido reconquista uma representação na Câmara Federal com Geovania de Sá, que, na condição de primeira suplente, será efetivada com a investidura de Carmen Zanotto à frente da prefeitura de Lages. Afinal, existe a Federação Cidadania-PSDB.
Na Assembleia são dois tucanos. Além do próprio Marcos Vieira, temos Vicente Caropreso. Especula-se muito que ele poderá estar buscando outro abrigo na janela de março de 2026. De qualquer forma, hoje são dois estaduais e a partir de janeiro um federal.
Municipalidade
Prefeitos, o partido soma uma dezena. Se muito. O município mais representativo é Joaçaba. Mas o PSDB não é nem mais sombra do que já foi. Tanto no Brasil, quanto em Santa Catarina.
Pra valer
Mas, partamos da premissa de que Marcos Vieira leve às últimas consequências uma candidatura ao governo, o que é pouco provável. Ele deve estar fazendo isso já para ser procurado por uma ampla composição e as derivações e consequências dela. Mas mesmo assim partimos do princípio de que seja candidato. Aí já temos três nomes.
Espectro
E estamos falando de três nomes, de centro e de direita. A esquerda seguramente terá um candidato.
PT
O próprio Décio Lima deve alimentar esperanças de uma terceira candidatura consecutiva, mas no PT vai enfrentar obstáculos. O grupo mais à esquerda certamente vai querer colocar uma candidatura. O que, evidentemente, não impedirá uma candidatura petista.
Lenda da unidade
Se vai reunir toda a esquerda em torno dele, Décio, é outra questão. Na eleição de 2022, foram cinco candidatos de centro e direita. Cinco!
Quinteto
Jorginho Mello, Carlos Moisés, Esperidião Amin, Gean Loureiro e Odair Tramontin. O Novo, novamente, sem trocadilhos, terá candidato. Se não for Adriano Silva, reeleito em Joinville e que o articulista considera pouco provável, pois teria que renunciar à prefeitura, a legenda lançará algum outro nome.
Respaldo
Não custa lembrar que o Novo, via seu presidente nacional, já sinalizou um apoio a João Rodrigues. Mas a grande verdade é que, se novamente tivermos o repeteco de 2022, com uma ampla pulverização de candidaturas conservadoras, isso pode levar, novamente, à presença da esquerda no segundo turno.
Sete vermelho
Porque a canhotada está muito enfraquecida no Estado. Nas eleições deste ano, penas o PT fez sete prefeitos. Nenhum outro partido de esquerda elegeu prefeito. Os petistas conquistaram seis prefeituras no Oeste e uma no Sul do Estado. Todas cidades pequenas.
Amplitude
Mas numa eleição nacional e estadual, o PT ganha vigor. E pode repetir aí uma votação de 20 pontos percentuais que, diante da pulverização de candidaturas conservadoras, poderia resultar na presença da esquerda, mais uma vez, na grande final.